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We are electrical

we all exist as nothing more than electrical signals

encoded by our temporal lobe; touch the screen

of reality maybe you’ll be dispel the illusion cast

upon your soul.

the morning star guides my way toward the twilight

till i’m safe in the shade; and don’t sign your name.

i could care less if you attended this meeting –

it was just a waste of time anyway. and don’t

text me asking me why i’m gone for the day.

i’ve learned to spare my words, not that i care

about your hurts, it’s just what’s fair is not what

works.

just delete my name from your vocabulary and

i’ll be happy.  crumble up my note and throw it

away as i cease to be known

i don’t fucking know how the universe works –

i’m just a good pretender, all i want is for the

universe to leave me alone.

Somos Instantes

Somos instantes… e por mais que desejemos acreditar que a vida é uma jornada longa, onde sempre haverá tempo de amar mais, nos entregar mais, resolver nossas pendências, conceder aquele perdão… esse momento não existirá em nenhum outro lugar senão no agora.

Somos instantes… e as escolhas que temos à nossa disposição não estarão disponíveis para sempre. Por isso é primordial não deixar as oportunidades passarem, os sonhos arquivarem, os projetos desandarem. O tempo não pára, ele corre depressa sem esperar retardatários. O bilhete não pode ser remarcado, e seu lugar não pode ficar vago.

Somos instantes… e por isso há de se comemorar as datas especiais, soprar as velinhas nos dias festivos, encher de balões a sala de estar, cantar versos de Vinícius, dançar um tango emocionado, reunir a família em torno da mesa de jantar.

Somos instantes… e assim não pode haver economia de roupa de cama nova, taças brilhantes da cristaleira, lingerie especial, sapato lustroso e vestido colorido.

Somos instantes… e aquela viagem tem que deixar de ser um sonho para virar disposição de malas prontas e voo alto. Economize, pesquise, viabilize. Vá conhecer um novo lugar, se envolver com outras culturas, experimentar novos sabores. Torne real os planos de seu coração e experimente a concretização de sua emoção.

Somos instantes… e por isso não se pode deixar para depois qualquer pendência ligada ao coração. Decepções ocorrem a todo instante, e por mais difícil que pareça, é nos momentos difíceis que a gente aprende a se curar. Então abra a janela e refresque o ar. Borrife perfume nos seus pulsos e solte os cabelos sem medo de embaraçar. Lembre-se de que tudo muda a todo momento, e que as mágoas só permanecem se a gente deixar.

Somos instantes… e assim todo momento vivido é um momento de crescimento e aprimoramento. Que a gente aprenda com os erros e acertos, e que permaneça o que nos faz bem. Entendendo que a sabedoria é resultado do que passou, mas é no presente que ela mostra o que a gente já conquistou. Abrace a alegria, dê as mãos à sabedoria. Dance em ritmo acelerado com a fantasia e respeite a calmaria. Não tenha medo de arriscar desejos, desenvolver projetos e sonhar fora do ninho.

Somos amor, sonhos, conquistas. Somos medos, decepções, mágoas. Somos mistério, alegria, fantasia. Somos força e vulnerabilidade; solidão e multidão. Somos tudo e nada, grandiosidade e pequenez, busca e encontro.

As pessoas que nos emocionam

As pessoas que nos emocionam talvez sejam almas que nos abraçam com sua presença, amansando nosso desconforto rotineiro e nos convidando a ser quem somos de fato, longe dos papéis que assumimos, falando sobre aquilo que cremos de verdade e vivendo de acordo com o que temos fé.

Tem gente que nos comove à primeira lembrança. Perto delas nossa fala encontra reciprocidade, e a gente se abre sem reservas sem mesmo entender porque. Ao lado delas nossa dúvida encontra alívio e nosso medo perde abrigo.

Tem gente que nos dá saudade, e a saudade é a emoção da falta que aquela pessoa faz. A lembrança de suas mãos quentes nos segurando nos dá a certeza de que em algum lugar alguém se importa de verdade, e só isso já é um alento, seja em que circunstância for.

Algumas pessoas cruzam nosso caminho e estabelecem uma ligação forte desde o primeiro instante. Dizem que “os santos batem”, e perto delas nosso riso é mais solto e o choro não tem receio de brotar. Com elas o assunto não falta. Perto delas somos mais autênticos, e a vida ganha coerência e lucidez.

Tem gente que aparece em nossa vida feito passarinho cantando de manhã. Sabem que podem se aproximar e não têm receio de que irão incomodar.

Tem gente que pode silenciar ao nosso lado sem que haja estranhamento ou acanhamento. Perto delas o silêncio é consentido e bem vindo, e entendemos que a alma também precisa de trégua, descanso e mansidão.

Pessoas que nos emocionam carregam histórias bonitas dentro delas. Sabem valorizar cada momento presente com leveza e sabedoria porque já superaram obstáculos e saíram vencedoras. Nos animam com sua força e servem de inspiração e motivação.

Tem gente que nos transmite paz sem que nenhuma palavra seja dita. Silenciam nossa alma com cuidado e plantam sementes de otimismo em nosso caminho.

Os dragões não conhecem o paraíso

Tenho um dragão que mora comigo.

Não, isso não é verdade.

Não tenho nenhum dragão. E, ainda que tivesse, ele não moraria comigo nem com ninguém. Para os dragões, nada mais inconcebível que dividir seu espaço – seja com outro dragão, seja com uma pessoa banal feito eu. Ou invulgar, como imagino que os outros devam ser. Eles são solitários, os dragões. Quase tão solitários quanto eu me encontrei, sozinho neste apartamento, depois de sua partida. Digo quase porque, durante aquele tempo em que ele esteve comigo, alimentei a ilusão de que meu isolamento para sempre tinha acabado. E digo ilusão porque, outro dia, numa dessas manhãs áridas da ausência dele, felizmente cada vez menos freqüentes (a aridez, não a ausência), pensei assim: Os homens precisam da ilusão do amor da mesma forma que precisam da ilusão de Deus. Da ilusão do amor para não afundarem no poço horrível da solidão absoluta; da ilusão de Deus, para não se perderem no caos da desordem sem nexo.

Isso me pareceu gradiloqüente e sábio como uma idéia que não fosse minha, tão estúpidos costumam ser meus pensamentos. E tomei nota rapidamente no guardanapo do bar onde estava. Escrevi também mais alguma coisa que ficou manchada pelo café. Até hoje não consigo decifrá-la. Ou tenho medo da minha – felizmente indecifrável – lucidez daquele dia.

Estou me confundindo, estou me dispersando.

O guardanapo, a frase, a mancha, o medo – isso deve vir mais tarde. Todas essas coisas de que falo agora – as particularidades dos dragões, a banalidade das pessoas como eu -, só descobri depois. Aos poucos, na ausência dele, enquanto tentava compreendê-lo. Cada vez menos para que minha compreensão fosse sedutora, e cada vez mais para que essa compreensão ajudasse a mim mesmo a. Não sei dizer. Quando penso desse jeito, enumero proposições como: a ser uma pessoa menos banal, a ser mais forte, mais seguro, mais sereno, mais feliz, a navegar com um mínimo de dor. Essas coisas todas que decidimos fazer ou nos tornar quando algo que supúnhamos grande acaba, e não há nada a ser feito a não ser continuar vivendo.

Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante.
Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se não fosse nada.

Ninguém perguntará coisa alguma, penso. Depois continuo a contar para mim mesmo, como se fosse ao mesmo tempo o velho que conta e a criança que escuta, sentado no colo de mim. Foi essa a imagem que me veio hoje pela manhã quando, ao abrir a janela, decidi que não suportaria passar mais um dia sem contar esta história de dragões. Consegui evitá-la até o meio da tarde. Dói, um pouco. Não mais uma ferida recente, apenas um pequeno espinho de rosa, coisa assim, que você tenta arrancar da palma da mão com a ponta de uma agulha. Mas, se você não consegue extirpá-lo, o pequeno espinho pode deixar de ser uma pequena dor para se transformar numa grande chaga.

Assim, agora, estou aqui. Ponta fina de agulha equilibrada entre os dedos da mão direita, pairando sobre a palma aberta da mão esquerda. Algumas anotações em volta, tomadas há muito tempo, o guardanapo de papel do bar, com aquelas palavras sábias que não parecem minhas e aquelas outras, manchadas, que não consigo ou não quero ou finjo não poder decifrar.

Ainda não comecei.

Queria tanto saber dizer Era uma vez. Ainda não consigo.

Mas preciso começar de alguma forma. E esta, enfim, sem começar propriamente, assim confuso, disperso, monocórdio, me parece um jeito tão bom ou mau quanto qualquer outro de começar uma história. Principalmente se for uma história de dragões.

Gosto de dizer tenho um dragão que mora comigo, embora não seja verdade. Como eu dizia, um dragão jamais pertence a, nem mora com alguém. Seja uma pessoa banal igual a mim, seja unicórnio, salamandra, harpia, elfo, hamadríade, sereia ou ogro. Duvido que um dragão conviva melhor com esses seres mitológicos, mais semelhantes à natureza dele, do que com um ser humano. Não que sejam insociáveis. Pelo contrário, às vezes um dragão sabe ser gentil e submisso como uma gueixa. Apenas, eles não dividem seus hábitos.

Ninguém é capaz de compreender um dragão. Eles jamais revelam o que sentem. Quem poderia compreender, por exemplo, que logo ao despertar (e isso pode acontecer em qualquer horário, às três ou às onze da noite, já que o dia e a noite deles acontecem para dentro, mas é mais previsível entre sete e nove da manhã, pois essa é a hora dos dragões) sempre batem a cauda três vezes, como se tivessem furiosos, soltando fogo pelas ventas e carbonizando qualquer coisa próxima num raio de mais de cinco metros? Hoje, pondero: talvez seja essa a sua maneira desajeitada de dizer, como costumo dizer agora, ao despertar – que seja doce.

Mas no tempo em que vivia comigo, eu tentava – digamos – adaptá-lo às circunstâncias. Dizia por favor, tente compreender, querido, os vizinho banais do andar de baixo já reclamaram da sua cauda batendo no chão ontem às quatro da madrugada. O bebê acordou, disseram, não deixou ninguém mais dormir. Além disso, quando você desperta na sala, as plantas ficam todas queimadas pelo seu fogo. E, quanto você desperta no quarto, aquela pilha de livros vira cinzas na minha cabeceira.

Ele não prometia corrigir-se. E eu sei muito bem como tudo isso parece ridículo. Um dragão nunca acha que está errado. Na verdade, jamais está. Tudo que faz, e que pode parecer perigoso, excêntrico ou no mínimo mal-educado para um humano igual a mim, é apenas parte dessa estranha natureza dos dragões. Na manhã, na tarde ou na noite seguintes, quanto ele despertasse outra vez, novamente os vizinhos reclamariam e as prímulas amarelas e as begônias roxas e verdes, e Kafka, Salinger, Pessoa, Clarice e Borges a cada dia ficariam mais esturricados. Até que, naquele apartamento, restássemos eu e ele entre as cinzas. Cinzas são como sedas para um dragão, nunca para um humano, porque a nós lembra destruição e morte, não prazer. Eles trafegam impunes, deliciados, no limiar entre essa zona oculta e a mais mundana. O que não podemos compreender, ou pelo menos aceitar.

Além de tudo: eu não o via. Os dragões são invisíveis, você sabe. Sabe? Eu não sabia. Isso é tão lento, tão delicado de contar – você ainda tem paciência? Certo, muito lógico você querer saber como, afinal, eu tinha tanta certeza da existência dele, se afirmo que não o via. Caso você dissesse isso, ele riria. Se, como os homens e as hienas, os dragões tivessem o dom ambíguo do riso. Você o acharia talvez irônico, mas ele estaria impassível quanto perguntasse assim: mas então você só acredita naquilo que vê? Se você dissesse sim, ele falaria em unicórnios, salamandras, harpias, hamadríades, sereias e ogros. Talvez em fadas também, orixás quem sabe? Ou átomos, buracos negros, anãs brancas, quasars e protozoários. E diria, com aquele ar levemente pedante: “Quem só acredita no visível tem um mundo muito pequeno. Os dragões não cabem nesses pequenos mundos de paredes invioláveis para o que não é visível”.

Ele gostava tanto dessas palavras que começam com in – invisível, inviolável, incompreensível -, que querem dizer o contrário do que deveriam. Ele próprio era inteiro o oposto do que deveria ser. A tal ponto que, quando o percebia intratável, para usar uma palavra que ele gostaria, suspeitava-o ao contrário: molhado de carinho. Pensava às vezes em tratá-lo dessa forma, pelo avesso, para que fôssemos mais felizes juntos. Nunca me atrevi. E, agora que se foi, é tarde demais para tentar requintadas harmonias.

Ele cheirava a hortelã e alecrim. Eu acreditava na sua existência por esse cheiro verde de ervas esmagadas dentro das duas palmas das mãos. Havia outros sinais, outros augúrios. Mas quero me deter um pouco nestes, nos cheiros, antes de continuar. Não acredite se alguém, mesmo alguém que não tenha um mundo pequeno, disser que os dragões cheiram a cavalos depois de uma corrida, ou a cachorros das ruas depois da chuva. A quartos fechados, mofo, frutas podres, peixe morto e maresia – nunca foi esse o cheiro dos dragões.

A hortelã e alecrim, eles cheiram. Quando chegava, o apartamento inteiro ficava impregnado desse perfume. Até os vizinhos, aqueles do andar de baixo, perguntavam se eu andava usando incenso ou defumação. Bem, a mulher perguntava. Ela tinha uns olhos azuis inocentes. O marido não dizia nada, sequer me cumprimentava. Acho que pensava que era uma dessas ervas de índio que as pessoas costumam fumar quando moram em apartamentos, ouvindo música muito alto. A mulher dizia que o bebê dormia melhor quando esse cheiro começava a descer pelas escadas, mais forte de tardezinha, e que o bebê sorria, parecendo sonhar. Sem dizer nada, eu sabia que o bebê sonhava com dragões, unicórnios ou salamandras, esse era um jeito do seu mundo ir-se tornando aos poucos mais largo. Mas os bebês costumam esquecer dessas coisas quanto deixam de ser bebês, embora possuam a estranha facilidade de ver dragões – coisa que só os mundos muito largos conseguem.

Eu aprendi o jeito de perceber quando o dragão estava a meu lado. Certa vez, descemos juntos pelo elevador com aquela mulher de olhos-azuis-inocentes e seu bebê, que também tinha olhos-azuis-inocentes. O bebê olhou o tempo todo para onde estava o dragão. Os dragões param sempre do lado esquerdo das pessoas, para conversar direto com o coração. O ar a meu lado ficou leve, de uma coloração vagamente púrpura. Sinal que ele estava feliz. Ele, o dragão, e também o bebê, e eu, e a mulher, e a japonesa que subiu no sexto andar, e um rapaz de barba no terceiro. Sorríamos suaves, meio tolos, descendo juntos pelo elevador numa tarde que lembro de abril – esse é o mês dos dragões – dentro daquele clima de eternidade fluida que apenas os dragões, mas só às vezes, sabem transmitir.

Por situações como essa, eu o amava. E o amo ainda, quem sabe mesmo agora, quem sabe mesmo sem saber direito o significado exato dessa palavra seca – amor. Se não o tempo todo, pelo menos quanto lembro de momentos assim. Infelizmente, raros. A aspereza e avesso parecem ser mais constantes na natureza dos dragões do que a leveza e o direito. Mas queria falar de antes do cheiro. Havia outros sinais, já disse. Vagos, todos eles.

Nos dias que antecediam a sua chegada, eu acordava no meio da noite, o coração disparado. As palmas das mãos suavam frio. Sem saber porque, nas manhãs seguintes, compulsivamente eu começava a comprar flores, limpar a casa, ir ao supermercado e à feira para encher o apartamento de rosas e palmas e morangos daqueles bem gordos e cachos de uvas reluzentes e berinjelas luzidias (os dragões, descobri depois, adoram contemplar berinjelas) que eu mesmo não conseguia comer. Arrumava em pratos, pelos cantos, com flores e velas e fitas, para que os espaços ficassem mais bonito.

Como uma fome, me dava. Mas uma fome de ver, não de comer. Sentava na sala toda arrumada, tapete escovado, cortinas lavadas, cestas de frutas, vasos de flores – acendia um cigarro e ficava mastigando com os olhos a beleza das coisas limpas, ordenadas, sem conseguir comer nada com a boca, faminto de ver. À medida que a casa ficava mais bonita, eu me tornava cada vez mais feio, mais magro, olheiras fundas, faces encovadas. Porque não conseguia dormir nem comer, à espera dele. Agora, agora vou ser feliz, pensava o tempo todo numa certeza histérica. Até que aquele cheiro de alecrim, de hortelã, começasse a ficar mais forte, para então, um dia, escorregar que nem brisa por baixo da porta e se instalar devagarzinho no corredor de entrada, no sofá da sala, no banheiro, na minha cama. Ele tinha chegado.

Esses ritmos, só descobri aos poucos. Mesmo o cheiro de hortelã e alecrim, descobri que era exatamente esse quando encontrei certas ervas numa barraca de feira. Meu coração disparou, imaginei que ele estivesse por perto. Fui seguindo o cheiro, até me curvar sobre o tabuleiro para perceber: eram dois maços verdes, a hortelã de folhinhas miúdas, o alecrim de hastes compridas com folhas que pareciam espinhos, mas não feriam. Pergunte o nome, o homem disse, eu não esqueci. Por pura vertigem, nos dias seguintes repetia quanto sentia saudade: alecrim hortelã alecrim hortelã alecrim hortelã alecrim.

Antes, antes ainda, o pressentimento de sua visita trazia unicamente ansiedade, taquicardias, aflição, unhas roídas. Não era bom. Eu não conseguia trabalhar, ira ao cinema, ler ou afundar em qualquer outra dessas ocupações banais que as pessoas como eu têm quando vivem. Só conseguia pensar em coisas bonitas para a casa, e em ficar bonito eu mesmo para encontrá-lo. A ansiedade era tanta que eu enfeiava, à medida que os dias passavam. E, quando ele enfim chegava, eu nunca tinha estado tão feio. Os dragões não perdoam a feiúra. Menos ainda a daqueles que honram com sua rara visita.

Depois que ele vinha, o bonito da casa contrastando com o feio do meu corpo, tudo aos poucos começava a desabar. Feito dor, não alegria. Agora agora agora vou ser feliz, eu repetia: agora agora agora. E forçava os olhos pelos cantos de prata esverdeadas, luz fugidia, a ponta em seta de sua cauda pela fresta de alguma porta ou fumaça de suas narinas, sempre mau, e a fumaça, negra. Naqueles dias, enlouquecia cada vez mais, querendo agora já urgente ser feliz. Percebendo minha ânsia, ele tornava-se cada vez mais remoto. Ausentava-se, retirava-se, fingia partir. Rarefazia seu cheiro de ervas até que não passasse de uma suspeita verde no ar. Eu respirava mais fundo, perdia o fôlego no esforço de percebê-lo, dias após dia, enquanto flores e frutas apodreciam nos vasos, nos cestos, nos cantos. Aquelas mosquinhas negras miúdas esvoaçavam em volta delas, agourentas.

Tudo apodrecia mais e mais, sem que eu percebesse, doído do impossível que era tê-lo. Atento somente à minha dor, que apodrecia também, cheirava mal. Então algum dos vizinhos batia à porta para saber se eu tinha morrido e sim, eu queria dizer, estou apodrecendo lentamente, cheirando mal como as pessoas banais ou não cheiram quando morrem, à espera de uma felicidade que não chega nunca. Ele não compreenderia. Eu não compreendia, naqueles dias – você compreende?

Os dragões, já disse, não suportam a feiúra. Ele partia quando aquele cheiro de frutas e flores e, pior que tudo, de emoções apodrecidas tornava-se insuportável. Igual e confundido ao cheiro da minha felicidade que, desta e mais uma vez, ele não trouxera. Dormindo ou acordado, eu recebia sua partida como um súbito soco no peito. Então olhava para cima, para os lados, à procura de Deus ou qualquer coisa assim – hamadríades, arcanjos, nuvens radioativas, demônios que fossem. Nunca os via. Nunca via nada além das paredes de repente tão vazias sem ele.

Só quem já teve um dragão em casa pode saber como essa casa parece deserta depois que ele parte. Dunas, geleiras, estepes. Nunca mais reflexos esverdeados pelos cantos, nem perfume de ervas pelo ar, nunca mais fumaças coloridas ou formas como serpentes espreitando pelas frestas de portas entreabertas. Mais triste: nunca mais nenhuma vontade de ser feliz dentro da gente, mesmo que essa felicidade nos deixe com o coração disparado, mãos úmidas, olhos brilhantes e aquela fome incapaz de engolir qualquer coisa. A não ser o belo, que é de ver, não de mastigar, e por isso mesmo também uma forma de desconforto. No turvo seco de uma casa esvaziada da presença de um dragão, mesmo voltando a comer e a dormir normalmente, como fazem as pessoas banais, você não sabe mais se não seria preferível aquele pântano de antes, cheio de possibilidades – que não aconteciam, mas que importa? – a esta secura de agora. Quando tudo, sem ele, é nada.

Hoje, acho que sei. Um dragão vem e parte para que seu mundo cresça? Pergunto – porque não estou certo – coisas talvez um tanto primárias, como: um dragão vem e parte para que você aprenda a dor de não tê-lo, depois de ter alimentado a ilusão de possuí-lo? E para, quem sabe, que os humanos aprendam a forma de retê-lo, se ele um dia voltar?

Não, não é assim. Isso não é verdade.

Os dragões não permanecem. Os dragões são apenas a anunciação de si próprios. Eles se ensaiam eternamente, jamais estréiam. As cortinas não chegam a se abrir para que entrem em cena. Eles se esboçam e se esfumam no ar, não se definem. O aplauso seria insuportável para eles: a confirmação de que sua inadequação é compreendida e aceita e admirada, e portanto – pelo avesso igual ao direito – incompreendida, rejeitada, desprezada. Os dragões não querem ser aceitos. Eles fogem do paraíso, esse paraíso que nós, as pessoas banais, inventamos – como eu inventava uma beleza de artifícios para esperá-lo e prendê-lo para sempre junto a mim. Os dragões não conhecem o paraíso, onde tudo acontece perfeito e nada dói nem cintila ou ofega, numa eterna monotonia de pacífica falsidade. Seu paraíso é o conflito, nunca a harmonia.

Quando volto apensar nele, nestas noites em que dei para me debruçar à janela procurando luzes móveis pelo céu, gosto de imaginá-lo voando com suas grandes asas douradas, solto no espaço, em direção a todos os lugares que é lugar nenhum. Essa é sua natureza mais sutil, avessa às prisões paradisíacas que idiotamente eu preparava com armadilhas de flores e frutas e fitas, quando ele vinha. Paraísos artificiais que apodreciam aos poucos, paraíso de eu mesmo – tão banal e sedento – a tolerar todas as suas extravagâncias, o que devia lhe soar ridículo, patético e mesquinho. Agora apenas deslizo, sem excessivas aflições de ser feliz.

As manhãs são boas para acordar dentro delas, beber café, espiar o tempo. Os objetos são bons de olhar para eles, sem muitos sustos, porque são o que são e também nos olham, com olhos que nada pensam. Desde que o mandei embora, para que eu pudesse enfim aprender a grande desilusão do paraíso, é assim que sinto: quase sem sentir.

Resta esta história que conto, você ainda está me ouvindo? Anotações soltas sobre a mesa, cinzeiros cheios, copos vazios e este guardanapo de papel onde anotei frases aparentemente sábias sobre o amor e Deus, com uma frase que tenho medo de decifrar e talvez, afinal, diga apenas qualquer coisa simples feito: nada disso existe.

Nada, nada disso existe.

Então quase vomito e choro e sangro quando penso assim. Mas respiro fundo, esfrego as palmas das mãos, gero energia em mim. Para manter-me vivo, saio à procura de ilusões como o cheiro das ervas ou reflexos esverdeados de escamas pelo apartamento e, ao encontrá-los, mesmo apenas na mente, tornar-me então outra vez capaz de afirmar, como num vício inofensivo: tenho um dragão que mora comigo. E, desse jeito, começar uma nova história que, desta vez sim, seria totalmente verdadeira, mesmo sendo completamente mentira. Fico cansado do amor que sinto, e num enorme esforço que aos poucos se transforma numa espécie de modesta alegria, tarde da noite, sozinho neste apartamento no meio de uma cidade escassa de dragões, repito e repito este meu confuso aprendizado para a criança-eu-mesmo sentada aflita e com frio nos joelhos do sereno velho-eu-mesmo:

– Dorme, só existe o sonho. Dorme, meu filho. Que seja doce.

Não, isso também não é verdade.

Caio F de Abreu

Nós somos, cada um de nós, um pequeno universo.

Nós somos, cada um de nós, um pequeno universo. Um assunto abordado com frequência por Carl Sagan era a dimensão das coisas muito pequenas, como aquelas que compõem nossos corpos. Ele frequentemente colocava o minúsculo em escala com o gigantesco, equiparando, por exemplo, a quantidade de átomos em uma molécula de DNA com a de estrelas em uma galáxia típica. É uma forma elegante de demonstrar como somos muito pequenos e muito grandes ao mesmo tempo. Em uma outra comparação do gênero, dizia que existem mais estrelas no Universo do que grãos de areia em todas as praias da Terra.

O Amor

Amor, quando penso nessa palavra logo me vem na mente todas as vezes que eu pensei que tivesse amado alguém e estava completamente enganada, quando eu pensava que amor era coisa de relacionamento entre duas pessoas e nada mais.

Com o passar do tempo fui descobrindo o real sentido da palavra AMOR.

Amor é tudo o que você faz, tudo o que você é, tudo o que você toca, sente, come, escuta, amor é sentir o sabor da sua comida predileta, ou ouvir sua musica favorita.

Amor é o canto de um pássaro, a alegria do seu cachorro quando você volta pra casa, amor é a brisa do vento passando por entre os fios do seu cabelo. O amor se encontra em todas as coisas, nos mais simples gestos de respeito pelas pessoas. O amor se encontra nas palavras escritas, nos livros que você lê, nas roupas que usa, nas compras que você faz, esta ao ouvir a voz de uma pessoa amada, seja ela namorado, mãe, avó ou avô. O amor esta no reencontro de duas pessoas que não se viam por algum tempo, esta em um abraço, em um gesto de humildade, de ajudar a quem precisa, de acariciar as pessoas que estão precisando. Amor é querer um mundo melhor, é fazer algo para que isso aconteça, amor é querer ver todas as pessoas, até aquelas que de alguma forma te causaram algum dano, bem e felizes. É ser grato pela vida, pelos seus sentidos, por eles funcionarem perfeitamente, é agradecer todos os dias por mais uma nova chance de viver e de fazer algo diferente.

O amor é algo tão genuíno, que não se cobra nada em troca, apenas se dá, e não importa o que ganhara em troca, porque apenas pelo fato de você estar compartilhando deste sentimento o universo estará conspirando ao seu favor.

O universo é amor e você é o universo.

Estamos todos conectados feito uma linha tênue.

O amor esta em todos os lugares, ele se apresenta a todo minuto em uma forma diferente.

Amor é você parar em frente ao espelho e ver o quanto você é especial, o quanto merece ter a vida que sonha, é você ir ao supermercado sozinha e comprar bobeiras para comer vendo series aos finais de semana, é você saber amar a sua própria companhia, amor é também se silenciar ao ver alguma paisagem bonita e apreciar.

É tão difícil escrever sobre o amor, porque esse sentimento é simplesmente TUDO o que existe de mais importante e mais poderoso, porém poucas pessoas sabem. Rhonda Bryne citou em seu livro ‘The Power” , ‘’O amor é a energia mais poderosa e ainda mais desconhecida do mundo’’.

O amor também é energia, vibração.

Todas as coisas negativas que você vê no mundo são sempre, sempre manifestações de uma falta de amor. Se essa negatividade está em uma pessoa, lugar, circunstância ou evento, sempre veio de uma falta de amor. Não há uma força de tristeza, tristeza é uma falta de felicidade, e toda felicidade vem do amor. Não há uma força de fracasso, o fracasso é a falta de sucesso, e todo o sucesso vem do amor. Não há uma força da doença, a doença é a falta de saúde, e toda a saúde vem do amor. Não há uma força de pobreza, a pobreza é uma falta de abundância, e toda a abundância vem do amor. O amor é a força positiva da vida, e qualquer condição negativa sempre vem de uma falta de amor.

Quando as pessoas atingem o ponto de inflexão de dar mais amor do que negatividade, veremos a negatividade desaparecer do planeta a uma taxa rápida. Imagine. Cada vez que você escolhe dar amor, sua vida está ajudando a derrubar o mundo inteiro em positividade. Algumas pessoas acreditam que estamos muito perto do ponto de inflexão agora. Se eles estão certos ou não, mais do que nunca, agora é a hora de dar amor e positividade. Faça isso por sua vida. Faça isso pelo seu país. Faça isso pelo mundo.

Kaka Padilha

Algumas frases retiradas do livro “the power’ Rhonda Bryne

Only you have the Power

No one ever really wants to save someone else. That’s too much work. You can start off with an infinite amount of enthusiasm, but it all end in exhaustion.
You cannot save other people.
You cannot destroy other people.
And no one can do these things to you as well.
You want to save the world?
Try saving yourself– day by day,
night in, day out.
Every day , the mirror
screams, “save me”.
And you do not have to say it back;
your eyes tell it to yourself.
Save yourself;
only you have the power to do so.
Only you have the power to destroy
or build, re-build.

5 Difficult Truths That Will Change The Way You Live Your Life

”The only way that we can live, is if we grow. The only way that we can grow is if we change. The only way that we can change is if we learn,” wrote C. JoyBell C.

It Is In Our Pursuit Of New Life Lessons That We Are Able To Change, Grow, And Improve The Way We Live.

Here Are Five Truths That Will Absolutely Change Your Outlook:

1. A Meaningful Life Is Built With Effort – Not Discovered By Chance.

Many people wait their whole lives to “find themselves.” Unfortunately, that isn’t how personal identity and meaningful living work. Instead, we need to put an intentional effort into creating ourselves. We need to decide who we want to be and design a life that is fulfilling and enjoyable. We each have the responsibility to choose who we become and what we do. This might sound scary, but it is also very liberating. You have the exclusive power to dictate who you are and how you live your life. Don’t waste it by neglecting to take charge of your own existence. Happiness and fulfillment are personal choices – and they are often brave and difficult ones.

2. Complaining Is For Suckers.

As Teddy Roosevelt once said, “Complaining about a problem without posing a solution is called whining.” Unfortunately, we live in a culture of whiners. We complain loudly about the unfairness of life, always eager to shift the blame for our misfortunes away from ourselves. This feels gratifying. However, it gets us nowhere. Complaining excessively sours our world outlook. It rewires the brain for negativity and inhibits gratitude. Also, it can be a serious downer for others. If you absolutely need to vent about your problems, make a conscious effort to balance each grievance with three doses of gratitude. You’ll be surprised at how much more effective this is in turning your mood around.

3. The Little Things Matter.

All too often, we stop ourselves from indulging too much in the small joys we encounter throughout the day. Doing so seems silly and frivolous – even childish. In our results-driven culture, stopping to smell the roses seems like a waste of time. However, even from a strictly practical standpoint, choosing to embrace these little indulgences – a decadent pastry, a passionate kiss, a hot bubble bath – ends up paying us back way more than these pleasures cost in terms of time or money. The return on investment is astronomical. These are the things motivate us and inspire us. They keep us feeling alive and spirited, in a world that all too often drags us down. We never fail to notice small frustrations, such as spilled coffee and slow drivers. Why not flip this thinking to work for our emotional well-being, rather than against it?

4. Our Relationships Will Never Be Perfect.

We are raised on a fantasy of finding a perfect partner and riding off with them to live happily ever after. Unfortunately, the perfect partner does not exist. The perfect child does not exist. Perfect parents, perfect friends, perfect siblings – none of them are out there. When we expect perfection from our loved ones, we are setting ourselves up for disappointment. We are also setting our loved ones up for frustration and emotional damage. Love the people who are important to you without the condition of perfection. Be grateful when they choose to do the same. As Sam Keen wrote, “We come to love not by finding a perfect person, but by learning to see an imperfect person perfectly.”

5. This, Too, Shall Pass.

Most often, we turn to this phrase for comfort during bad times. However, it is important to recognize that this concept applies to our blessings, as well. This is especially true in the context of our relationships. Your children are not going to stay this little. Someday they’re going to grow up, move out, and start families of their own. Your parents will likely pass away long before you do. Your friends may fall out of touch or move away. Your most treasured bonds are destined to change, break, and fade over time. Cherish them today. Make time for the people who are important to you. Let them know that they matter. Someday it will be too late – and you will be left with only satisfaction or regret.

As George Washington sang in the musical Hamilton, “Dying is easy, young man. Living is harder.”

The choice to live with intention is a difficult one. However, it is infinitely more rewarding than not doing so.

How Do You Choose To Live Your Life Today?

BY

Robyn Reisch

10 Things To Remember When Everything Around You Feels Like It’s Falling Apart

Are You At A Point In Your Life Where Everything Around You Feels Like It Is Falling Apart?

Maybe you’ve hit a wall in your relationship and you’re not sure how or why you have both grown apart, maybe you’re not valued at work and something you once felt so passionate about now feels tedious and mundane, or maybe that goal you had feels further away than it ever has before. When we set our mind to something, in the beginning, the steps we take are always much easier in comparison to the bigger picture we hold in our hearts. It’s so easy to lose your way and lose hope when things don’t go as planned but it is important to never give up on yourself because no matter how many doors close or how many things end, the universe never takes anything away unless something better is coming along, you just got to have faith and trust that no matter how bad things seem, everything will be okay, in time.

Here Are 10 Things To Remember When Everything Around You Feels Like It’s Going Wrong:

1: Life Is Full Of Stepping Stones:

When we feel we have reached a crossroads we begin to question the journey so far. Every choice you have made, every decision, every regret and the question you’re faced with now is what do I do next? Do I turn back and start again? Or do I keep going?  Life is full of little stepping stones, each one leading on to something greater. It is your job to put one foot in front of the other and take a leap of faith no matter how small that leap may seem. Remember to always follow your heart, embrace all experiences no matter how good or bad, never look back and keep stepping forward.

2: Worrying Is The Problem, Not The Solution:

‘The Law Of Attraction’ something we are all familiar with I’m sure. Our life is a result of everything we put out into the universe. If you’re constantly worrying about something, the chances are you’re going to attract situations in your life that cause you more worry. This is something that takes an extreme amount of time and understanding, however, once you realize that what you fear most is actually what you’re running towards, you will begin to understand that changing the way you think by worrying less about the problem and having more hope for a solution is how you will learn to resolve that problem more peacefully.

3: Be Proud! You Started This Journey For A Reason:

Think back to that idea, that dream.

Think about the feeling you got when you visualized all of the possibilities that could make it happen. Think about the fire inside you that made getting up out of bed each morning exciting and not daunting, think about the moment in your future when you stop and realize, you did it, you turned that idea into something magical, you turned it into a dream, your dream. You did that. So be proud and hold onto that fact. You will get there.

4: Your Passion Is Your Calling:

Neal Donald Walsh once said, “Never deny passion, for that it is to deny who you are and who you truly want to be.” 

Passion is that which drives us to want more out of life, not for anyone else but for ourselves. It is accepting something that makes you say yes to life and gives you a joy like no other. Don’t deny those feelings or moments of happiness because they are exactly why you are here, to embrace them, to live them each day.

5: When One Door Closes, 10 More Open:

When one door closes, it is impossible to think about anything else other than the feeling of hurt, denial, and rejection, but those moments are pivotal in your journey, they teach you how bad you really want something so that the next time even the smallest of gap opens for something better you give it everything you’ve got! Always know that whatever life denied you, it is because something better is and will come along, so don’t lose faith.

6: What’s Meant To Be, Will Always Be:

It’s a tale as old as time, and one I have found to be very true. No matter what you are going through right now, know that everything will work out exactly how it is supposed to. Trust the inevitable, and believe that whatever happens, happened because you had faith when all there was, was doubt.

7: No One Said It Would Be Easy:

No one said it would be easy and that’s okay. Life is about being happy and learning from our mistakes. There will be many challenges, many obstacles and that’s okay because you are strong enough to face anything. Strength comes from those who show courage in times of fear and adversity so know that whatever life throws at you, it will leave you stronger, more determined and more fearless than ever before.

You ready? Of course, you are.

8: You Are Not Alone:

Albert Schweitzer once wrote, “At times our own light goes out and is rekindled by a spark from another person.”

 You may not realize it right away but there are people in your life, tiny sparks of light waiting to help guide you through the darkness, don’t be afraid to reach out and find these people. It’s okay to ask for help at times, trust in the goodness of others. You are not alone.

9: Don’t Be Afraid To Let Go:

Letting go of something or someone is one of the hardest things to do, mainly because it is our ego’s that get in the way. We hold on to things we know are bad for us purely because we don’t want to feel defeated or like a failure. We lack control and that is a scary thing, but anything we can no longer control in life is life’s way of teaching us how to let go. Don’t deny those feelings, trust that everything will be okay and work out for the best. Don’t be afraid to take a risk and follow your heart, it knows the way.

10: Never Give Up:

Every emotion, every obstacle, every closed door, all moments of weakness and doubt will pass. The key is to never forget who you are and who you want to be because you can still be that person. Each day is a new day to create something new, to discover parts of yourself that you never knew before. There are no rules, no limits to who you are. We are here to keep evolving and creating moments of happiness, so don’t listen to that voice that tells you, you are stupid or that something isn’t going to work out because you are the creator of your world, you decide who you are going to be. Never forget that. You got this.

By

Robyn Reisch