Processo de desdobramento.
A vida é uma jornada ao desconhecido, temos apenas conhecimento daquilo que já vivemos, mas nunca do que está por vir.
Não vou dizer que viver é fácil, mas também não posso ser hipócrita e dizer que é difícil. Acredito que é uma via de mãos duplas e tudo depende da experiência e dos aprendizados que adquirimos de tudo que já vivemos.
Um momento difícil é sempre uma oportunidade para extrairmos alguma lição que vai nos servir como uma forma de conhecimento para seguirmos adiante.
São repetitivas as vezes que menciono o quão importante e indispensável é o processo de evolução ao retornarmos a verdade de quem realmente somos. Podemos nos perdermos infinitas vezes, sentirmos que estamos no fim da linha, mas sempre, e acredite SEMPRE podemos nos reencontrarmos, voltarmos a nossa verdadeira essência.
À medida que começamos a incorporarmos nossa verdadeira e autêntica assinatura de alma, o que acontece como subproduto é o crescimento. Começamos a refinar e expandir essa assinatura que exploramos.
Como uma flor que desabrocha, nossa evolução se move em ondas e ciclos. Pode parecer que nada está acontecendo por um longo período, e então, BOOM, de repente , encontramos nosso espaço interior mudando rapidamente. Grande parte desse processo não pode ser controlado e acontece fora da percepção da mente consciente.
Você pode se tornar consciente desse processo, mas tentar controlá-lo através do desejo ou do ego pode atrapalhar o que está ocorrendo. Como cada processo é único, também pode ser difícil explicar de maneira que outras pessoas possam entender.
Quando estamos no fluxo de crescimento e tudo está mudando dentro e ao nosso redor, podemos confiar que está ocorrendo um processo muito mais profundo. Quando vemos a mudança externamente, já há algo que está se formando fora de vista. As mudanças acontecem dentro do eu, nos níveis mais sutis, começam a se tornar aparentes.
Ao longo de toda nossa vida, existe uma corrente subjacente que une todos os eventos e situações.
É um fluxo. Cada coisa que cada um de nós experimentou está conectada de uma forma ou de outra. Isso faz parte do nosso desdobramento. Isso continua por uma única vida, mas também por todas as vidas e por todas as outras expressões do ser que assumimos no infinito.
Através do desdobramento, conhecemos mais quem realmente somos. Começamos a descobrir que somos um ser muito mais vasto do que pode estar contido em um vaso de osso e sangue.
Você é mais do que o veículo que está dirigindo. Somente retornando a verdade de quem realmente somos, podemos então acessar essa memória da alma e a biblioteca de tudo o que fomos. No entanto, para voltarmos a sermos quem realmente somos em verdade e essência, também precisamos nos livrar de tudo aquilo que não somos.
Tudo aquilo que fomos 'programados' para acreditar sobre nós mesmos pela cultura maior, pelo sistema escolar, o governo, o dogma científico, nossos pais e até mesmo nossa linhagem ancestral.
Tendemos a assumir tantas energias e modos de ser diferentes que não combinam com nossa própria assinatura única, em um esforço para nos encaixar e ser aceitos pelos outros. A aceitação é uma necessidade central do ser humano, pertencer a algum lugar e fazer parte de uma tribo. Mas, antes de tudo, a aceitação do eu deve ocorrer. Quando isso acontecer, a tribo aparecerá.
Como uma cobra, devemos nos desfazer de velhas peles dos eus que não eram verdadeiros. Para que possamos nos olhar no espelho e reconhecermo-nos. Para que possamos olhar para dentro e estarmos dispostos a enfrentar tudo o que surge dentro de nós.
O medo é a maior coisa que mantém as pessoas longe da autenticidade. O medo de se destacar, ou de ser empoderado. Acredite ou não, a maioria das pessoas tem medo de seu verdadeiro poder. Não o poder sobre os outros, mas o poder soberano que vem através da atualização do potencial. O poder sobre si mesmo. Um poder que só pode ser acessado através do processo de desdobramento.
Este não é um processo rápido. Não é algo que pode ser forçado. Não podemos estimular nossa flor a abrir antes que ela esteja pronta. Se fizéssemos isso na natureza, a flor morreria. Há uma lição sobre se mover ao lado das correntes da vida, levar as coisas com calma e ser capaz de enfrentarmos as experiências à medida que elas surgem.
Quando estamos presente ao que está acontecendo ao nosso redor, é mais fácil manter o alinhamento com nós mesmos.
Guarde em seu coração que cada experiência contribui para algo muito maior do que a própria experiência. Mesmo as menores ações, como fazer um favor altruísta para outra pessoa, podem ter repercussões invisíveis. Mas isso vale para todas as ações. Todos são capazes de contribuir para o processo de desdobramento ou atrasá-lo, e às vezes a mente consciente não consegue distinguir.
A única coisa a fazer então, é a confiança. Onde quer que você esteja em sua própria jornada como alma, há uma razão para isso.
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