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Nossas vidas está nas mãos dos nossos pensamentos .

Todos nós pensamos demasiadamente demais da conta , além , muito além do que deveríamos de fato. Acontece que os pensamentos são muito rápidos e quase que automáticos, mas ai se encontra um perigo imenso para nós, pois não nos damos conta do tanto que estamos pensando, tampouco observando o tipo de pensamento que estamos tendo. 

O perigo que me refiro é este: não observar quais tipos de pensamento que estamos tendo, porque estes controlam nosso mundo exterior. 

É a infalível e famosa lei da atração trabalhando, aquilo que pensamos se torna real, nada mais justo então se algo ruim nos acontecer decorrente dos pensamentos que tivemos. 

Eu sei, temos tantas coisas para fazer no dia-a-dia que parar para observar que tipo de pensamento nos vêm a cabeça fica um pouco difícil. No entanto, é tudo questão de hábito, começamos devagar a observar e quando vemos isso já se tornou parte da nossa rotina. 

Uma coisa tão importante não pode ser esquecida ou deixada de lado, afinal de contas , nossas vidas está nas mãos dos nossos pensamentos.

Tendo esse conhecimento precisamos investir energia e atenção nisso. Treinarmos nossas mentes para elevarmos nossos pensamentos sempre para a bondade, fé, amor e prosperidade. 

Aprender a condicionar nossos pensamentos sempre para o lado positivo da coisa, mesmo que o lado negativo exista. 

Se colocarmos nossa energia em um pensamento ruim, negativo, estaremos atraindo coisas negativas para nossas vidas e estaremos perdendo tempo e essa energia.

Por outro lado, se colocarmos nossas energias em pensamentos positivos só estaremos ganhando e atraindo coisas boas para nós, e é isso o que procuramos. 

O poder de controlar nossos pensamentos cabem a nós mesmos, existirão muitos motivos, situações e pessoas que vão indiretamente provocar nossos pensamentos negativos, mas quando isso acontecer, estaremos blindados porque já exercitamos nossa mente para que isso não nos atinga. 

Essa é outra maneira importante de não nos deixar desviar pelo caminho, aprender a nos blindar contra tudo e todo tipo de coisa negativa que possa nos fazer mau. Isso aprendemos com o passar do tempo, a vida nos ensina a fazer isso. 

Muitas pessoas levam suas vidas reclamando de tudo porque estão cegas e só o que conseguem ver é aquilo que não as agradam, e quanto mais se concentrarem nisso, situações essas que não as agradam se multiplicará. Essas precisam tirar um tempo para si mesmas , para se conectarem consigo mesmas, com seu eu interior e tirar essa venda dos olhos e começar a ver as coisas boas e não dar atenção para as ruins. 

A vida é um aprendizado constante, a cada novo dia aprendemos algo, pode ser que não nos demos conta, mas somos ensinados todos os dias a viver da melhor maneira possível,  só precisamos estar atentos aos sinais.

Karen Padilha

 

Nunca tente mascarar um sentimento, ou não o sentir verdadeiramente. Cada um existe para nos ensinar algo.

Nesta noite deixei que a solidão e todas as minhas dores fossem minhas companheiras.

Chorei, me questionei. Onde estou? O que estou fazendo? Porque isso está acontecendo? O que fiz de errado? Ou , o que estou fazendo de errado? .

Perguntas e mais perguntas sem respostas.

Por mais que buscasse dentro de mim, fui o mais fundo que podia, não consegui encontras respostas às minhas perguntas.

Usando da experiência de vida que tive até hoje e do aguçado conhecimento que tenho, finalmente, pude encontrar uma resposta que talvez seja a que procuro.

A vida acontece da forma que tem de ser. Não existem erros, por mais que achemos que existam.

Nenhuma pessoa entra ou sai da nossa vida por acaso.

Algumas delas apenas entram em nossa vida para desempenhar um papel que um dia descobriremos qual.

Servem como mentores, guias, para nos ensinar algo, e quando terminarem sua missão, nos dirão adeus.

Dizer adeus para uma pessoa que para nós é de grande importância é muito difícil .

Seja amigos, amores, familiares. A hora do adeus é dolorosa e muitas vezes tentamos ir contra, não aceitamos ou reconhecemos que a hora chegou.

Buscamos por diversos motivos que acreditamos serem válidos para não aceitarmos tal coisa.

Motivos que às vezes são apenas ilusões que criamos em nossa cabeça.

Essa noite, pensei em todas as pessoas que entraram em minha vida, que papel exerceram, e no momento em que disseram adeus.

Algumas delas me fizeram muito mal, me enganaram, usaram, outras foram amigas por um tempo e depois deixaram de ser, outras entraram, ficaram, e continuam .

O importante é que cada uma delas me ensinaram uma coisa, como por favor exemplo: não confiar em qualquer pessoa, que existem pessoas más e que querem nos ver mal, existem aquelas que vão nos usar e enganar se não formos espertos, aquilo que pensamos um dia ser para sempre , não foi. Amigos são poucos, e conseguimos reconhecê-los. Existem aqueles que realmente nos querem bem, se alegram com nossa alegria, nos amam e ensinam todos os dias. Nos tornam pessoas melhores.

Dentre outros muitos aspectos.

Sempre falo para meus amigos que quando a tristeza vier, temos de senti-la para que possa ir embora.

E mais que isso tirar uma lição do momento.

Temos de ser fortes e acreditarmos em nós mesmos.

Nunca desistir daquilo que queremos , mesmo que existam motivos, que às vezes possa doer, a dor vem para que a alegria venha depois, em dose dupla.

Me encontro ainda deitada, pensando e escrevendo estas linhas, com viagem marcada , e a vontade de ir é zero.

Mas é preciso que nos demos um tempo para refrescar a cabeça, os sentimentos, emoções e talvez encontre a respostas para todas aquelas perguntas que ficaram em branco.

Nunca tente mascarar um sentimento. Sinta-o mais profundo que conseguir. E esteja atento ao que ele quer nos ensinar.

Karen Padilha

Momento de fechar ciclos e nos abrir para uma nova fase.

Enfim é chegado o momento em que assim como o ano tem seu fim, algumas coisas também têm .

Hora de fechar ciclos, rever o que é ou não essencial e podemos continuar carregando conosco e o que não é para se deixar no passado.

Não importa o que tenha acontecido, agora é o momento de ser mais forte que tudo e reconhecer as coisas como elas realmente são, e não ficar carregando alguma ilusão consigo.

Tudo acontece por uma razão, e sempre digo que se não a descobrimos agora, alguma hora vamos descobrir.

Não podemos ficar parados e procurando a razão do porque algo aconteceu, é difícil reconhecer quando relacionamentos chegam ao fim, amizades de anos se desfazem, e todo tipo de problema.

Devemos ter a consciência de que insistir em um relacionamento que já chegou ao fim não o fará voltar, não podemos voltar atrás ,tampouco, ficar revivendo momentos que passaram.

Por amor próprio e ao próximo precisamos reconhecer que as coisas chegam ao fim, por vários motivos, e não adianta ficar procurando o porque, estaremos apenas nos martirizando.

É preciso ter garra e acreditar que as coisas acontecem porque tem de acontecer, que ninguém passa por nossa vida por acaso, que nem sempre iremos terminar a vida com os amores de nossas vidas, às vezes essa pessoa tinha apenas que cumprir um papel essencial que serviu de aprendizado para nós, e que quando isso for feito, ela partirá, saber que o amor não acaba, ele se cansa, saber que as pessoas por quem mais temos apreço irão de alguma forma nos decepcionar.

Temos de ser fortes, encerrar esses ciclos , dizer sim para uma nova fase e oportunidade de uma vida mais alegre, nos permitirmos para que isso aconteça.

Particularmente, eu tenho vários motivos para reclamar, como por exemplo, ver todas as pessoas que conheço viajarem para casa de família passar o natal, e eu, infelizmente , não tenho a sorte de ter uma família.

Quando vi isso, me cortou o coração, chorei, sofri, me perguntei porque. Porém, isso não vai me trazer uma família.

Decidi então agradecer pelo que tenho, por as coisas serem como são, e acreditando que a vida sempre será melhor, sigo meus dias, e me alegrando por ver que as pessoas têm uma família, que estão felizes e que merecem isso.

Não sinto inveja, me alegro por eles. E isso é um sentimento muito bom.

Ou então poderia reclamar por não ter feito planos com os amigos para o réveillon, de ter feito planos com outra pessoa e saber que não vai acontecer , de ser o primeiro ano que me encontro sozinha, mesmo com viajem marcada para Nova York, o sentimento não é o mesmo.

Obviamente, ninguém é de ferro, muito menos eu. Também chorei, sofri e me perguntei do porque isso aconteceu… e mais uma vez isso não vai trazer os planos que tinha feito de volta. Então, reconheci o final de algumas situações, agradeci por me encontrar da forma e estou. Sozinha. E com isso buscar ainda mais meu autoconhecimento e sabedoria para viver.

Agradeço, por ter a oportunidade de viajar e fazer o que quero. Seria muito pior se eu não tivesse.

Acontece que, tudo depende da forma que olhamos as coisas e como reagimos diante a isso.

Se reagimos de forma negativa é um erro que cometemos. Existe um lado positivo em tudo, até nas coisas ruins.

Temos de saber olhar tudo pelo lado positivo.

Todos temos problemas, sofremos, e ficar nos torturando com isso não solucionará os problemas e nem levará o sofrimento para longe.

Enfim, desejo para mim e para quem lê meus textos, que tenhamos a sabedoria de encarar a vida de cabeça erguida, de passar pelo momentos difíceis com garra, e por fim, que saibamos reconhecer que ciclos chegam ao fim e que tenhamos a coragem de deixá-los para trás.

E um novo ano se inicia, junto com ele , a oportunidade de viver e fazer tudo diferente.

Sejamos sábios e a vida nos presenteará com mais sabedoria.

Karen Padilha

Depois de muitos momentos difíceis e ruins, uma coisa sempre é certa: Tudo passa e tudo vai dar certo.

Existem momentos em que não temos plena consciência do que realmente esta acontecendo em nossa vida e com isso passamos apenas a existir e não a viver. Podemos passar dias ,semanas e meses ”empurrando” as situações e acontecimentos com a barriga. Não importa o quanto estamos sofrendo com tudo o que esta acontecendo, não importa quantas vezes paramos para pensar nisso e nos derramamos em lágrimas e sentimos o coração doer, não importa nada do que fizermos se não temos consciência de que nossa vida esta no caminho errado se não quisermos e estivermos prontos para mudar. É preciso bater de frente com tudo de errado que esta acontecendo e sermos mais fortes que isso. Temos que ter motivos para lutar contra todo esse mal que nos rodeia  e expulsá-lo para longe. É estranho e difícil dizer que esta tudo bem se ha alguma coisa impedindo isso, então precisamos entender o quanto só nós podemos dar um passo de cada vez. 

Nenhuma dor dura para sempre, na vida tudo passa, não importa o que fazemos, o que um dia nos fazia rir hoje já não tem mais graça. Tudo muda e troca de lugar, precisamos compreender nosso interior e suas dores afastar, nossos sonhos realizar e nossa vida transformar, curar nossas feridas e saber que amanhã será um novo dia. 

Momentos como esses servem como ferramentas de aprendizagem, isso porque aprendemos a pausar nossa vida por um instante, tomar consciência do que está certo e errado, olhar para dentro de nós , sentir toda dor que existe para sentir, renovar nossa alma e nossas forças e assim recomeçar fazendo as escolhas certas, não cometer os mesmos erros novamente e quando existir mais um momento como este já estaremos prontos para superá-lo. Não pense que fazer isso não é coisa de gente fraca, pelo contrário, apenas pessoas fortes conseguem fazer esse ‘exercício’ de pausar a vida e olhar para dentro e si e fazer as mudanças necessárias, pessoas fracas se entregam e não fazem nada para mudar. 

Por mais difícil que seja a situação em que você se encontra, acredite em você e na força que existe no seu interior, não se entregue para a dor, sinta ela até que passe, não fuja porque fugindo ela voltará a doer, acredite em um novo dia e que ele será melhor do que jamais foi, volte a acreditar que a vida é bela e estamos aqui para vivermos e não existirmos, vá em busca dos seus sonhos e os realize. Não permita que um simples momento difícil acabe com a sua vida, até porque é apenas um mero momento, e momentos passam. Seja verdadeiro com você mesmo e acredite que o amor e a verdade pode mudar tudo.

”Nos momentos de dificuldade de minha vida, lembrei-me que na história da humanidade o amor e a verdade sempre venceram.” – Mahatma Gandhi

Karen Padilha

 

 

 

O amor é igual cocaína: A notável e aterrorizante neurociência do romance.

Nos populares websites, lemos coisas como, ”cientistas estão descobrindo que o amor é realmente um vício químico entre pessoas”. O amor é claro, não é literalmente um vício químico. É um impulso talvez um sentimento ou uma emoção, mas não um vício químico.  No entanto, o amor romântico, sem dúvida,  muitas vezes tem um perfil fisiológico, corporal e químico distinto. Quando você se apaixona, os produtos químicos do seu corpo ficam mal. Os elementos emocionantes, assustadores, quase paranormais e imprevisíveis do amor são, em parte, a partir da hiperestimulação do centro de medo do cérebro límbico conhecido como amígdala. É uma pequena região cerebral em forma de amêndoa no lobo temporal ao lado da sua cabeça. Em termos de história evolutiva, essa região do cérebro é antiga. Desenvolveu milhões de anos antes do neocórtex, a parte do cérebro responsável pelo pensamento e o raciocínio lógicos.

Embora tenha numerosas funções biológicas, o principal papel da amagdala é processar estímulos emocionais negativos. Mudanças significativas na ativação normal da amígdala estão associadas a transtornos psicológicos sérios. Por exemplo, os esquizofrênicos humanos têm significativamente menos ativação na amígdala e no sistema de memória (o hipocampo), o que é devido a uma redução substancial no tamanho dessas áreas. As pessoas com depressão, ansiedade e insegurança de inserção, por outro lado, aumentaram significativamente o fluxo sanguíneo na amígdala e no sistema de memória. O neurocientista Justin Feinstein e seus colegas (2010) estudaram uma mulher cuja amígdala foi destruída após uma doença cerebral rara. Eles a expuseram a fotos de aranhas e cobras, levaram-na a uma visita à casa assombrada do mundo, e ela tomou notas sobre seu estado emocional quando ouviu um sinal sonoro de um sinal sonoro aleatório que havia sido anexado a ela. Após três meses de investigação, os pesquisadores concluíram que a mulher não podia experimentar medo. Esta é uma prova muito boa da idéia de que a amígdala é o principal centro de processamento do medo. (A principal hipótese de competição é que o medo é processado em uma região do cérebro que recebe suas informações principais da amígdala).

Apesar do tamanho minúsculo, a amígdala é incrivelmente poderosa. Quando seus neurônios disparam intensamente, isso desencadeia uma resposta de estresse físico em seu corpo. Hans Selye, um endocrinologista canadense, foi o primeiro a aplicar a palavra “estresse” à tensão física e emocional. Antes disso, o “estresse” era apenas um termo de engenharia. Selye, que fez a maior parte de sua pesquisa na década de 1930, descobriu que o hormônio do estresse cortisol teve efeitos prejudiciais para a saúde em ratos.

Juntamente com outros hormônios das glândulas adrenais, como epinefrina (adrenalina) e norepinefrina (noradrenalina), o cortisol prepara o corpo para uma resposta de “luta ou fuga”. Os hormônios de estresse são segregados em situações de perigo percebido. Eles podem se precipitar agressivamente pela corrente sanguínea, mesmo quando o perigo não é real. Por exemplo, eles correm desenfreados em pessoas com medo de falar em público. Eles fazem sua ruptura cardíaca, seu esqueleto se transforma em gelatina, e sua nova voz do Mickey Mouse faz pequenos gritos na primeira vez que você fica diante de um público de 100 pessoas.
Apaixonar então é assim. A imprevisibilidade, o mistério e a atração sexual tornam a amígdala a um modo de hiper-ativação. Através de neurotransmissores, isso indica às glândulas adrenais que algo emocionante, assustador, misterioso e imprevisível está acontecendo. Isso, por sua vez, resulta em glândulas adrenais bombeando uma onda de adrenalina, noradrenalina e cortisol na corrente sanguínea. Através da corrente sanguínea, a adrenalina aumenta as taxas de coração e respiração; A noradrenalina produz calor corporal, fazendo você suar; e o cortisol fornece energia extra para os músculos usarem.

Apesar de se apaixonar, está associado à ansiedade e ao estresse, esse estado – em combinação com a crença de que pode haver reciprocidade – também é acompanhado de emoções intensamente agradáveis. Essas emoções surgem de uma química cerebral subjacente que se assemelha àqueles desencadeados pelo uso de cocaína.

Seu cérebro no crack
A cocaína é um inibidor da recaptação de serotonina / norepinefrina / dopamina, como os antidepressivos mais freqüentemente prescritos. Os inibidores da recaptação da serotonina bloqueiam o transportador que normalmente transporta a serotonina do neurotransmissor “sentir-se bem” nos neurônios. Quando a serotonina está dentro dos neurônios, ela não funciona como um neurotransmissor. Para ter um impacto no cérebro, deve ser extracelular ou fora dos neurônios. Quando o transportador está bloqueado, menos serotonina é levada de volta para dentro da célula. Assim, os níveis extracelulares de aumento de serotonina, que estabiliza a química do cérebro e alivia ansiedade e depressão.
A cocaína aumenta os níveis cerebrais de serotonina, norepinefrina e dopamina. Mas, ao contrário dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina, ou SSRIs, os médicos normalmente prescrevem depressão (por exemplo, Zoloft, Celexa ou Lexapro), a cocaína funciona instantaneamente. Isso ocorre porque a cocaína é uma droga muito mais potente. Considerando que os antidepressivos padrão apenas bloqueiam parcialmente os neurotransportadores, a cocaína os bloqueia completamente, dando origem a um pico íngreme nos níveis de norepinefrina, dopamina e serotonina.
O aumento dos níveis de norepinefrina pode torná-lo alerta e energético, níveis adequados de serotonina torná-lo saciado e seguro de si mesmo, e níveis elevados de dopamina fazem você entrar em um estado maníaco prazeroso. A dopamina também nos motiva a continuar a realizar certas atividades, causando um sentimento de prazer profundo em resposta a essas atividades, como o sexo.

Como a dopamina está associada às associações de prazer e memória entre certas ações e prazer, estimulantes e drogas narcóticas que aumentam os níveis de dopamina no cérebro podem causar dependência. O cérebro lembra o prazer intenso e quer que seja repetido. Isso, no entanto, provavelmente não é toda a história por trás do vício. Embora atividades prazerosas ou satisfatórias normalmente sejam necessárias para iniciar um vício, pode ser uma resposta de prazer globalmente menos eficiente aos eventos comuns que causam dependência. É o sentimento prazeroso ou satisfatório criado pela dopamina que nos atrai para experimentar uma droga pela segunda vez. Mas é provável uma deficiência de dopamina, um número menor de receptores de dopamina ou um comprometimento da função da dopamina que causa dependência. Para as pessoas com uma personalidade viciante, as atividades diárias normais, como trabalhar, ler ou assistir a um filme, não levam a um prazer suficientemente intenso, então eles procuram a droga para dar-lhes uma experiência mais profunda.
Ao longo do tempo, a cocaína e outro uso de drogas desensibilizam o cérebro para a droga. A desensibilização ocorre como resultado de uma maior recaptação do medicamento ou de uma redução ou dessensibilização dos receptores. Como resultado, uma quantidade maior do medicamento é necessária para atingir o mesmo efeito estimulante.

O novo amor pode ter efeitos semelhantes no cérebro como a cocaína. Helen Fisher, uma pesquisadora antropóloga e de relacionamento, realizou uma série de fascinantes estudos de imagem cerebral da química do cérebro e da estrutura cerebral subjacente ao novo amor. Ela descobriu que a serotonina, a dopamina e a norepinefrina são essencialmente envolvidas nos estágios iniciais do amor romântico da mesma maneira que estão no uso da cocaína.
Quando você se apaixona por alguém, a norepinefrina enche você de energia estridente, a serotonina aumenta sua autoconfiança e a dopamina gera um sentimento de prazer. O novo amor é uma espécie de vício do amor, mas ainda não é uma espécie de vício do amor patológico. Ao se apaixonar, no entanto, o cérebro está no crack – um estado de espírito perigoso.
Crenças e Química do Cérebro

Quando os sistemas de neurotransmissores em nosso cérebro se desestabilizam durante as primeiras fases de um relacionamento romântico, nossos modos também se tornam instáveis. E a nossa capacidade de pensar racionalmente e tomar decisões sábias. Quando você se torna verdadeiramente apaixonada por uma pessoa, você pode tomar decisões que você não sonharia em fazer um estado de espírito sano. Nada realmente importa em comparação com o objeto de sua paixão. Em casos extremos, podemos maximizar os cartões de crédito, deixar as nossas famílias, atravessar os oceanos, abdicar do trono, roubar bancos ou mesmo cometer assassinatos por amor.
Quando há um desequilíbrio substancial na química do seu cérebro, suas preferências e habilidades de raciocínio mudam e, assim, fazem suas crenças. A pesquisa mostrou que, quando se mistura com a química do seu cérebro, é mais provável que você tenha experiências espirituais, veja coisas que não estão lá e crie crenças que não sejam fundamentadas em evidências.
Na década de 1960, pesquisadores experimentaram com a droga psicodélica psylocybin, o ingrediente ativo em cogumelos mágicos, para ver se poderia induzir experiências espirituais em voluntários saudáveis. O primeiro desses experimentos ocorreu na Sexta-feira Santa em 1962. Pesquisadores de Harvard administraram psilocibina a dez alunos no porão da Capela Marsh na Universidade de Boston. O ambiente religioso e a droga juntos deram origem a experiências religiosas em todos os participantes do estudo. (Os experimentos pararam quando o governo dos EUA os proibiu no início dos anos 70.)
As drogas psicodélicas, como psilocibina, LSD (dietilamida de ácido lisérgico) e mescalina, afetam o sistema de dopamina, o sistema de serotonina e o sistema adrenérgico. Seus efeitos sobre os sistemas adrenérgicos, que normalmente causam um aumento na concentração sanguínea de adrenalina, podem causar ataques de pânico e extrema ansiedade. Os efeitos das drogas sobre o sistema de dopamina são responsáveis ​​pela tomada de decisão irrefletida e ações irracionais durante uma “viagem”, como auto-mutilação ou suicídio. Os efeitos psicodélicos das drogas são em grande parte devido à sua afinidade pelo receptor 5-HT2A. Este receptor é um receptor de serotonina. Quando uma droga psicodélica na família serotonina se liga a ela, a droga funciona exatamente como a serotonina.
Em quantidades normais, a serotonina química sensível produz uma sensação de relaxamento e alívio. Em grandes quantidades, no entanto, agonistas de serotonina e serotonina como LSD, DMT (dimetiltriptamina) e a ingrediente mágico de cogumelo psilocibina têm efeitos psicodélicos. Em grandes quantidades, esses produtos químicos desencadeiam o glutamato excitador principal do neurotransmissor do cérebro, o que faz partes do cérebro entrarem em estado excitado. Os efeitos de quantidades excessivas de serotonina podem ser tão poderosos que nosso senso crítico está desligado. Um caso famoso e incompreensível ilustrando isso é o estudo Dr. Fox. Na década de 1970, um ator foi treinado para transmitir uma brilhante conversa sobre a teoria dos jogos matemáticos e, basicamente, nada de substância. O ator, que recebeu o nome de Dr. Myron L. Fox, tomou um artigo acadêmico sobre a teoria dos jogos e despojou-o de seu conteúdo. A conversa estava cheia de hedging, palavras inventadas, afirmações contraditórias e referências a seus supostos artigos e livros anteriores. Surpreendentemente, sua entrega impressionou tanto o público que ninguém percebeu que ele realmente não dizia nada. No final da palestra, o público, que consistiu principalmente em especialistas, bombardeou Fox com perguntas, o que ele respondeu proficientemente sem fornecer conteúdo substancial. Após a palestra, a audiência teve a oportunidade de avaliar o desempenho. Todos foram muito positivos, achavam que a palestra tinha sido interessante, e alguns observaram que o Dr. Fox apresentou o material de forma clara e precisa e ofereceu muitos exemplos ilustrativos. E essas pessoas eram especialistas acadêmicos sobre o tema da teoria dos jogos matemáticos!

Falando em ser enganado pelo que você ouve!

Este efeito de entrega na avaliação da audiência passou a ser conhecido como “O efeito Dr. Fox”. O efeito Dr. Fox pode ser explicado ao notar que um grande aumento nos produtos químicos “sentir-se bem” desligará nosso senso crítico. Pessoas engraçadas, charmosas e persuasivas indicam ao nosso cérebro que tudo é como deveria ser. O seu comportamento suave aumenta os níveis de serotonina, que eliminam o nosso sentido crítico e aumentam o nosso sentimento de satisfação – tanto assim que nossas crenças iniciais nunca são submetidas a escrutínio no córtex pré-frontal ventromedial e na ínsula anterior, regiões do cérebro envolvidas na reflexão criticamente em novas informações.
Os efeitos de drogas psicodélicas, como LSD, DMT e psilocibina, são extremos. Como essas drogas fazem com que o cérebro entre em um estado excessivamente excitado, eles podem ter efeitos semelhantes a crises. Além disso, podem dar origem a alucinações, experiências de cores ilusórias, um sentimento de flutuação, um sentimento de desintegração de identidade, um sentimento de se tornar um com o universo e ilusões de tempo e distância. Os pensamentos podem tornar-se incontroláveis, divagantes e obscuros, e afiados nas lembranças ácidas e antigas podem se misturar com novas experiências.

Enquanto nossos níveis de serotonina tendem a ser baixos quando nos apaixonamos ou somos assediados por uma obsessão de amor insensata, também há estados de amor que se assemelham a viagens de LSD. Quando sua paixão é não correspondida ou quando você está longe de seu novo amor, seus níveis de serotonina caem. Mas se você inesperadamente toca com ele ou percebe que seu amor não é descompactado, afinal, seu cérebro pode liberar uma onda de serotonina, dopamina e adrenalina, tornando sua mente um pouco como a mente do LSD. Neste estado, você pode ter mais chances de ver coisas que não existem, ter experiências que são misturadas com memórias antigas e agir de maneira irracional.
A deptamina, por si só, pode fazer com que as pessoas formem crenças que não são fundamentadas em evidências. As pessoas cujos níveis sanguíneos de dopamina são superiores ao normal são mais propensos a atribuir significado a pura coincidência e a encontrar padrões significativos em imagens codificadas arbitrárias.
Peter Brugger, um neurologista do Hospital Universitário de Zurique, na Suíça, examinou vinte pessoas que alegaram acreditar em eventos paranormais e vinte que alegaram que não o fizeram. Quando os participantes foram convidados a contar quais rostos eram reais e que estavam mexidos entre uma série de imagens brevemente piscadas, as pessoas que acreditavam em eventos paranormais eram mais propensas do que os participantes céticos a escolher um rosto revoltado como real. Os resultados foram os mesmos quando os participantes foram testados usando palavras em vez de rostos. Após os ensaios iniciais, os pesquisadores administraram L-dopa, que tem os mesmos efeitos que a dopamina, para ambos os grupos de participantes. Depois de tomar esta droga, os céticos fizeram muitos outros erros ao procurar palavras ou rostos reais do que antes de tomar a droga.

Os resultados do estudo sugerem que a dopamina pode fazer você ver coisas que não estão lá e formar crenças sem um sólido apoio evidencial. Estes resultados podem explicar a tendência das pessoas apaixonadas por idealizar seus parceiros e dar significado a cada pequeno movimento que ele ou ela faz. Quando apaixonado, seus níveis de dopamina são elevados quando você pensa em seu amante. Isso faz do seu cérebro um instrumento menos confiável para formar crenças sólidas ou tomar decisões sábias.

Tirando o medicamento

“Você é perfeito em todos os sentidos, simplesmente não para mim”, “Eu preciso me encontrar e eu simplesmente não posso fazer isso com você”, “eu preciso aprender a amar-me antes que eu possa te amar”, “eu acho Você se sente mais do que eu e eu não quero te machucar “.

Sabemos o que são esses. Linhas de divisão, as linhas das divisões visíveis, as linhas que acabaram com algo que já foi. A razão pela qual uma separação pode ser tão difícil de lidar, especialmente para a pessoa que queria que o relacionamento continue, não é que a separação apague o passado. Não. O passado é tão real quanto já foi. Quando Rick (Humphrey Bogart) e Ilsa (Ingrid Bergman) se deixam em Casablanca, Rick diz a Ilsa que se concentrem no tempo em que se apaixonaram, acrescentando: “Nós sempre teremos Paris”. Uma separação deixa o passado intacto, mas apaga o futuro. Ele pica uma agulha de tricô através de suas expectativas para o futuro. Não arruina o que foi. Isso arruina o que aconteceria. Destrói as esperanças e os sonhos que você teve sobre o futuro. As perdas que mais machucam são aquelas que privam abruptamente de você as experiências futuras em que você dependia. Essas perdas tornam você uma pessoa diferente com um futuro diferente e com muitos espaços vazios para preencher experiências menos maravilhosas do que as que você esperava. Uma separação também é uma grande rejeição de você como pessoa, uma destruição demoníaca de sua auto-estima e sua auto-estima que o deixa cru, aberto e exposto. Como Dennis Quaid disse uma vez, “quando você se separa, toda a sua identidade está quebrada. É como a morte “(Food for the Soul, p. 147).
As rupturas muitas vezes levam a um estado psicológico que se assemelha a retirada de um vício. Eles literalmente tiraram a rachadura em que você estava. Então, agora você sente sintomas de abstinência, tornando-se dolorosamente claro para você, quão adicto você era para maravilha ou maravilha. Quando você é viciado, você satisfaz pelo menos algumas das seguintes condições:

1-Você precisa de mais e mais da atividade ou medicamento para você alcançar o efeito desejado (tolerância).
2-Você sente sintomas de abstinência quando não se envolve na atividade adictiva ou droga.
3-Você se envolve na atividade ou toma a droga com mais freqüência e por um período de tempo mais longo do que o previsto inicialmente.
4-Você tem um desejo persistente de abandonar ou controlar a atividade ou o medicamento.
5-Você gasta uma grande quantidade de tempo garantindo que a atividade ou acesso a medicamentos possa ser continuado.
6-Você abandona ou reduz as importantes atividades sociais, ocupacionais ou recreativas por causa do vício.
7-Você continua a atividade ou medicamento apesar do conhecimento de suas conseqüências físicas ou psicológicas.
A gravidade de seu vício pode ser vista como uma função de quantos desses critérios você satisfaz.
O vício é diferente da obsessão no sentido clínico. A principal diferença é que, em casos de obsessão, a “droga” consiste em pensamentos ou imagens recorrentes ou persistentes. Em casos de obsessão, a pessoa obsessiva procura controlar ou evitar os pensamentos ou imagens, suprimindo-os ou neutralizando-os com outros pensamentos menos desconfortáveis ​​ou distractores convenientes. Mas o alívio é apenas temporário. O que comumente chamamos de “obsessão amorosa” geralmente tem ambos os elementos de obsessão e dependência de uma determinada pessoa.
Uma pessoa obcecada pelo amor está em um estado de negação, acreditando que ela ainda está em um relacionamento, ou que ela pode convencer a outra pessoa a retornar ou continuar a ligação. O aumento ocasional dos níveis cerebrais de dopamina e norepinefrina infunde o indivíduo atormentado e obcecado com energia e motivação suficientes para se recusar a abandonar. Mas a “energia alta” não continua. Ocorre em intervalos. Isso ocorre porque um indivíduo obcecado tem níveis de neurotransmissores amplamente flutuantes, o que faz com que ela vá de ação-driven para acamada.

Este é o respeito em que a obsessão do amor difere da dependência de drogas: quando um viciado em cocaína já não tem acesso à droga, seus níveis de neurotransmissor permanecem baixos até que ele se recupere ou cede. Na obsessão amorosa, os neurotransmissores estão em uma montanha russa que faz com que a pessoa obcecada atinja o passado com energia feroz, mesmo quando é manifestamente óbvio para todos os outros que não há nada para se manter.
A obsessão do amor após o amor não correspondido ou insatisfeito difere de vícios ou obsessões com sexo e estar apaixonado. No artigo de 1979 “Androg yny e the Art of Loving”, a psicóloga americana Adria Schwartz descreve um caso de um jovem viciado em perseguição das mulheres.
Um homem de vinte e poucos anos entrou em terapia após uma série de relações mal sucedidas com mulheres. Praticamente toda a sua vida psíquica foi passada em tentativas compulsivas de encontrar e seduzir mulheres. Sucessos ocasionais foram seguidos por breves ligações de insatisfação que ele inevitavelmente terminou em ataques explosivos de raiva frustrada ou tédio. Ocorreram sonhos recorrentes onde ele se encontrou correndo atrás de uma mulher, alcançando apenas ela para encontrar alguma barreira física entre eles. As mulheres eram “pedaços de carne”. Ele se sentiu entusiasmado com a perspectiva de uma conquista sexual iminente, mas ele muitas vezes ejaculava prematuramente e era anestesiado fisicamente e emocionalmente na experiência de relações sexuais.

O vício em “a perseguição” é semelhante ao vício de estar apaixonado por alguém (ou outro). As pessoas com um vício de estar apaixonado têm problemas para permanecer nos relacionamentos. Quando os sentimentos iniciais de amor se transformam em um estado mais calmo, eles obtêm sintomas de abstinência e terminam a ligação. A “droga” que eles precisam é o coquetel de produtos químicos que inunda o corpo durante as fases iniciais de tormenta de um relacionamento. No artigo on-line do seu Tango “Sou Viciado em Amor e Sexo?” Sara Davidson, autor de “Loose Change” e “Leap”, descreve seu vicio de amor como um vício de estar apaixonado por alguém que está apaixonado por ela . O relacionamento que a fez perceber que ela era um viciado em amor era com um homem que “nem gostou”. Ela descreve seu relacionamento da seguinte maneira:
Ok, eu sei, isso parece um vício, mas eu não reconheci isso até um caso que tive no ano passado com um homem que eu chamo Billy, The Bad. Billy me perseguiu e não aceitaria uma resposta. Ele usava botas de cowboy, escrevia poesia decente e dirigia um Lexus híbrido. “Eu tenho um tux e um trator”, ele escreveu em seu perfil online. “Posso trabalhar com a minha cabeça ou com as minhas mãos”. Ele disse que me amava e retomou, disse novamente e negou novamente. Quando ele ligou o amor, era uma felicidade, e quando ele se retirou, era um inferno. Quando ele me disse novamente que ele me amava, a dor desapareceu, apenas para retornar com maior intensidade na próxima vez que ele renegou. Eu cortei as coisas quando não aguento mais. Quero dizer, percebi que estava chorando por um homem que eu nem gostava! Algo mais profundo, mais primitivo estava claramente acontecendo, e voltei para livros e até mesmo um programa de 12 passos para ajuda.

No artigo on-line Psychology Today “Can Love Be a Addiction?” Lori Jean Glass, diretor de programa do Five Sisters Ranch, revela que uma vez foi diagnosticada com um vício de estar apaixonado. Ao contrário de Davidson, Glass descreve seu vício, mais do que simplesmente ser viciado na sensação de estar apaixonado. Para ela, o vício envolvia ser completamente absorvido na vida de outra pessoa e a sensação de que outra pessoa precisava dela e a admirava. Alguém ninguém; Não importava quem fosse, desde que fosse um corpo quente capaz de transbordar seu cérebro com produtos químicos amorosos. Glass também descreve seu relacionamento insanamente intenso como saltando: “Eu fui de relacionamento com relacionamento. A idéia de intimidade era estrangeira. Deus me livre, deixo alguém ver dentro do meu espírito ferido. Muitas vezes, eu tinha vários relacionamentos no back burner, apenas no caso. Manter a intriga viva e ativa era importante “.
Viciado em tristeza
As respostas emocionais a uma ruptura espinhosa podem parecer as respostas à morte de um ente querido. Você se sente pesado pelas memórias, o anseio, as lágrimas melancólicas, a dor no peito e as dores em todo o corpo. Ou você está tão indignado que você tem sorte de não ter uma arma semi-automática. Ou você está pronto para entrar em uma missão secreta com o objetivo de reverter o terrível resultado. Não é coincidência que as rupturas possam assemelhar-se à morte de um ente querido. Quando um ente querido morre, você se aflige. Mas a morte não é o único gatilho do sofrimento. O sofrimento pode ocorrer após qualquer tipo de perda: a perda de um emprego, um membro, um peito, uma casa, um relacionamento.
De acordo com o modelo de tristeza de Kübler-Ross, também conhecido como “The Five Stages of Grief”, introduzido pela primeira vez por Elisabeth Kübler-Ross em seu livro de 1969, “On Death and Dying”, o sofrimento envolve cinco estágios: negação, raiva, barganha , tristeza e aceitação. Após a perda de um ente querido, você pode primeiro negar que a pessoa se foi, simplesmente se recusar a acreditar. Uma vez que a verdade se aproxima de você, você pode se sentir indignado e tentar convencer o amado a voltar ou implorar a Deus ou aos espíritos do universo para reverter sua decisão. Uma vez que você percebe que as coisas não vão mudar, a tristeza entra. Ao longo do tempo, você pode finalmente aceitar o que aconteceu. Essas etapas não precisam ocorrer nesta ordem, e cada estágio pode ocorrer várias vezes. As diferentes emoções também podem se sobrepor. Você pode estar com raiva e em um modo de barganha ao mesmo tempo, ou negar o que aconteceu e ainda se sentir triste. A filósofa Shelley Tremain capturou a complexidade do sofrimento quando escreveu em seu site no Facebook: “Hoje seria o oitavo primeiro aniversário do meu pai. Alguns dias, acho que o tempo está do meu lado, que está ficando mais fácil viver com o seu perdão. Então, acontece. Às vezes, é uma figura de palavrão que ele gostava, outras vezes, estou me afiando, ou eu olho no espelho e vejo as características do meu rosto que são dele, ou estamos sentados de mãos dadas. Apenas sentado lá. “

Às vezes é quase impossível deixar de lado o sofrimento. Quando você continua sofrendo uma perda por um tempo muito longo, sua condição é chamada de “sofrimento complicado (ou patológico)”. A história de amor da rainha Victoria e do príncipe Albert é uma ilustração maravilhosa e dolorosa do sofrimento complicado. Alexandrina Victoria tinha dezoito anos quando se tornou Rainha da Inglaterra. Seu tio, o rei William IV, não tinha filhos legítimos sobreviventes. Então, Victoria tornou-se seu herdeiro quando morreu em 1837. Quando o príncipe Albert, seu primeiro primo, visitou Londres em 1839, Victoria imediatamente se apaixonou por ele. Inicialmente Albert teve duvidas sobre o relacionamento, mas ele finalmente se apaixonou por ela também. O casal se casou em fevereiro de 1840. Durante os próximos dezoito anos, a rainha Victoria deu à luz nove filhos. Ela amava Albert profundamente. Albert não era apenas um marido digno e pai dos filhos de Victoria, também era o assessor político e diplomático de Victoria. Durante vinte e um anos, viveram felizes juntos. Mas a felicidade parou quando o Príncipe Albert morreu de febre tifóide em Windsor em 14 de dezembro de 1861.
A morte de Albert destruiu completamente Victoria emocionalmente. Ela ficou ofuscada pelo sofrimento e se recusou a mostrar seu rosto em público nos próximos três anos. As pessoas começaram a questionar sua competência, e muitos tentaram assassiná-la. Victoria finalmente apareceu em público, mas ela se recusou a usar qualquer coisa, exceto a preto, e chorou seu príncipe Albert até sua própria morte em 1901. O estado de luto de 42 anos de Victoria ganhou o apelido de “A viúva de Windsor”. Ela nunca mais se tornou a mulher feliz e alegre que tinha estado quando Albert estava vivo. Em preparação para sua própria morte, ela pediu que dois itens estivessem em seu caixão: um dos roupões de Albert e uma fechadura de cabelo.

O sofrimento complicado é tão grave que os psiquiatras agora o consideram inclusivo no manual psiquiátrico para diagnosticar distúrbios mentais. Se você sofreu complicações, você sofreu seis meses ou mais. Além disso, você deve satisfazer pelo menos cinco dos seguintes critérios:
1- Você tem pensamentos obsessivos sobre aspectos da relação perdida ou a pessoa com quem você estava.
2- Você gasta uma quantidade significativa de tempo todos os dias ou quase todos os dias, pensando em sua relação perdida ou com a pessoa com quem estava.
3- Você tem uma intensa dor emocional, tristeza, dores ou anseios relacionados à relação perdida.
4- Você evita lembretes da perda, porque você sabe que os lembretes causarão dor ou você se sentirá desconfortável.
5- Você tem problemas para aceitar a perda do relacionamento.
6-Você tem sonhos freqüentes que se relacionam com sua relação perdida.
7-Você freqüentemente sofre de profunda tristeza, depressão ou ansiedade por causa da perda.
8-Você está com raiva ou sente um profundo sentimento de injustiça em relação à relação perdida.
9-Você tem dificuldades em confiar em outros desde que o relacionamento acabou.
A perda do relacionamento torna difícil para você encontrar prazer nas atividades sociais e de rotina.
10-Seus sintomas tornam difícil para você funcionar de forma ideal em seu trabalho, como pai ou em um novo relacionamento.
11-O sofrimento complicado é emocional e quimicamente semelhante ao transtorno de estresse pós-traumático. Na verdade, alguns psiquiatras argumentam que não há necessidade de incluir sofrimento complicado como uma condição psicológica separada.

Eles são variações na mesma desordem, dizem eles. O transtorno de estresse pós-traumático pode ocorrer como resultado de qualquer evento traumático. Os eventos traumáticos mais comuns discutidos na literatura sobre o estresse pós-traumático são eventos de guerra, ataques terroristas, assaltos físicos e sexuais brutais e acidentes de trânsito. Não é comum observar que rupturas inesperadas e outros eventos de relacionamento traumático também podem levar ao estresse pós-traumático.
O transtorno de estresse pós-traumático é uma condição em que você continua revivendo o evento traumático – por exemplo, as situações de evasão que são semelhantes às que levaram ao trauma. Além disso, tem dificuldades para dormir, você se sente com raiva, tem dificuldade em se concentrar e sofre de ansiedade. Para ser um caso clínico de transtorno de estresse pós-traumático, os sintomas devem durar mais de um mês e levar a dificuldades funcionando socialmente, no trabalho ou em outras áreas da vida. O transtorno de estresse pós-traumático é mais provável de ocorrer se o aumento da adrenalina no momento do evento fosse muito intenso.

Um estudo publicado na edição de maio de 2008 da Neuroimage sugere que o sofrimento complicado às vezes ocorre porque um processo de luto normal se transforma em um vício. Dirigido pela neurociensista Mary-Frances O’Connor, a equipe analisou as imagens dos cérebros de pessoas que satisfez os critérios de sofrimento complicado e pessoas que não estavam sofrendo e encontraram significativamente mais atividade no núcleo accumbens das pessoas com sofrimento complicado. Atividade no núcleo accumbens está associada ao vício.
Pode parecer estranho que você realmente se torne viciado em dor emocional e saudade de uma pessoa que não está mais com você. Os pesquisadores sugerem que seu anseio e tristeza podem dar-lhe algum tipo de prazer ou satisfação.
Talvez a turbulência das emoções realmente ofereça algum tipo de gratificação. Talvez esse transbordamento emocional seja viciante. Mas também é possível que o aumento da atividade no núcleo accumbens significa aumento dos níveis de dopamina do tipo encontrado em certos transtornos de ansiedade, como o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). O caso clássico deste transtorno é aquele em que o afligido está obcecado com pensamentos de doenças e germes e compulsivamente lava suas mãos depois de estar perto de outras pessoas ou qualquer coisa que possa transportar micróbios. Esta desordem é associada a baixos níveis da serotonina química que melhora o humor e níveis flutuantes da dopamina química motivadora. Os baixos níveis de serotonina causam ansiedade que envolve o pensamento obsessivo e jazzístico e a “recompensa” da dopina motiva a pessoa aflita a comportar-se de maneira compulsiva.
À medida que as pessoas ruminam obsessivamente sobre os eventos que levaram à perda de sofrimento complicado, a condição pode se revelar semelhante a este no transtorno obsessivo-compulsivo. Baixos níveis de serotonina podem desencadear o pensamento obsessivo, ansiedade incapacitante e um anseio visceral para a pessoa ausente ou o relacionamento irreparável. A resposta da dopamina provocada por esse tipo de pensamento obsessivo e saudade pode motivar a pessoa ferida a se envolver em implorar e negociar e também pode inflamar ataques de raiva e uma feroz negação da perda do relacionamento.

Extraído de “On Romantic Love: Verdades simples sobre uma emoção complexa” de Berit Brogaard. Copyright © 2015 por Berit Brogaard. Reimpresso por acordo com Oxford University Press, uma divisão da Universidade de Oxford. Todos os direitos reservados.

Karen Padilha

Temos o poder de mudar qualquer situação dentro de nós.

Venho vivendo em uma maré de azar causada por mim mesma, pois somos nós quem controlamos nossa vida e o estado em que ela se encontra . Às vezes os acontecimentos simplesmente nos deixa sem forças para lutar e perdemos as rédeas de nossa própria existência .

A primeira coisa a ser feita é ter consciência do que esta realmente acontecendo e que existe apenas uma pessoa capaz de mudar toda a situação, e essa pessoa somos nós mesmos. Podemos receber ajuda de terceiros, mas não são eles quem estão vivendo nossa vida, sendo assim eles não podem mudar nada, podem apenas estar ao nosso lado tentando não nos deixar desistir de tudo, de nós mesmos.

Seguido disso, precisamos parar, analisar e ponderar os aspectos bons e ruins, não é uma tarefa das mais fáceis quando estamos desanimados, se fosse não estaríamos em tempos difíceis. Feito essa análise dos pontos positivos e negativos é absolutamente necessário se quisermos realmente sair desse círculo de azar, mudar os negativos para que a vida dê um salto para a mudança e comece a acontecer coisas boas. 

Particularmente sempre fui uma pessoa muito positiva, nos meus piores momentos sempre conseguia enxergar um lado bom e aprender com isso, atualmente sem que eu percebesse deixei os acontecimentos tomarem conta da minha vida e deixei de ser tão positiva quanto era.

É HORA DE MUDAR.

Sou virginiana, muito sensível a tudo e todos, tenho a capacidade de sentir as coisas sendo boas ou ruins muito profundamente, isso não é muito bom às vezes porque quando são coisas ruins eu sofro como se estivesse agonizando. Contudo é muito bom ter essa característica porque tenho a capacidade de saber quem são as pessoas boas e ruins na minha vida. 

Tenho o costume de consultar médiuns e astrólogos quando as coisas não estão muito bem para que possa ser ajudada, eles me dão bons conselhos que se encaixam perfeitamente na vida situação e eu os sigo, as coisas começam a melhorar então, mas não pense que isso pode ser feito sem que se acredite que pode funcionar, o segredo para tudo nessa vida é acreditar, se você consultar algum médium ou astrólogo, seja lá o que for e não acreditar no que eles estão lhe dizendo estará perdendo um bom temo de sua vida.

Desde pequena tive o ”feeling” de que eu seria uma pessoa que pode ver além das coisas, quando adormecia tinha sonhos que depois de algum tempo o que tinha sonhado aconteceu na vida real, era como se eu pudesse ver tais acontecimentos antes de acontecer, isso aconteceu muitas vezes até agora com 23 anos, meus amigos dizem que eu tenho um dom porque eu sempre aconselho eles e tudo dá certo, quando sinto que alguma coisa vai dar errado eu falo pra eles e o que eu falei se concretizava, tem uma situação em particular que aconteceu, eu estava em casa escrevendo e pensando em um amigo em particular, eu tive o ‘feeling” de que ele iria se apaixonar daquele momento em diante, ele não acreditou pois tinha medo que isso acontecesse, os dias, semanas e meses foram se passando e o que eu falei para ele aconteceu, ele se apaixonou exatamente como eu tinha dito, eu brincando com ele disse ”eu avisei”, ele então disse, ” pode abrir seu negócio como vidente”, não era a primeira vez que eu falava que algo ia acontecer e isso se concretizava. Na minha vida também, sempre que sinto que algo vai acontecer , bom ou ruim, acontece. Minha médium, astróloga e todas as pessoas que eu já consultei em relação à isso sempre me dizem que sou uma pessoa sensível às ”forças invisíveis”, e que meu subconsciente esta como que ligado ” no mesmo comprimento de ondas” que as energias subtis que me envolve, e que eu tenho um potencial de médium, mas um médium que se ignora por medo, e realmente eu tenho medo desse potencial que tenho e nunca tentei levar adiante. Estou abrangendo este assunto porque quero dizer que todos temos virtudes e potenciais a serem trabalhados, e quando sabemos disso temos de usar a nosso favor para sairmos das situações não positivas que a vida nos coloca. 

É preciso usar do nosso auto-conhecimento para saber o que estamos sentindo e mudar isso quando for preciso. Eu tenho um grande sofrimento interior  e minha sensibilidade não suportou as ofensas e tristezas que algumas pessoas me fizeram sofrer, talvez por isso eu tenha deixado de controlar minha vida, por ter me tornado frágil emocionalmente. 

Sou uma pessoa de coração puro e é difícil suportar a falta de compreensão e o riso mesquinho dos outros face à minha bondade natural. Contudo, este é o meu momento para mudar todo esse círculo de azar que me  rodeia usando das minhas ferramentas e auto-conhecimento. 

Não importa quem somos de onde viemos, cada um de nós temos capacidade de transformar nossa vida na hora que quisermos, possuímos o poder dentro de nossos corações, buscando ou não ajuda de terceiros somos nós e APENAS nós quem temos a chave que abrirá a porta da felicidade que buscamos. 

” Assume contigo mesmo o compromisso de evitar a exasperação. Junto da serenidade, poderás analisar cada acontecimento e cada pessoa no lugar e na posição que lhes dizem respeito”. – Chico Xavier

Karen Padilha

Eu X Cocaína – Parte 2

Minha vida fora completamente tomada por uma força que até agora é maior do que todas as minhas forças unidas.

Eu sempre fui uma menina muito positiva e acreditava que sempre serias capaz de qualquer coisa, bem, eu fui, até agora… Uma coisa que era para fazer com que eu me divertisse as vezes tornou a ser um remédio para minhas dores, e quando fui perceber isso, já era tarde  demais.

Deixei de ser forte e me tornei submissa a uma vontade de querer enganar todas as minhas dores usando dessa coisa chamada cocaína. Em qualquer situação que estivesse sofrendo eu mascarava minhas dores, até então um dia em que estava à beira da morte e ouvi o conselho de dois amigos para buscar ajuda, feito isso, me internei em um clínica, na melhor do brasil, mas nunca acreditei que eu fosse ser curada, e não fui até hoje caminhando para meu 5 mês lá.

Uma menina guerreira que já passou por tudo nessa vida perdeu-se então para um vício incontrolável, que sufoca se não for saciado. A fissura toma conta de mim e fico cega. Não importa quantas medicações me dão, em quantos grupos terapêuticos participo, o quanto escuto que isso não é bom para mim e etc… Na minha cabeça só o que eu quero é me drogar. Isso porque mesmo com minha  vida virada de ponta cabeça eu não consigo não ter vontade de usar, eu quero usar para mascarar todas as minhas dores novamente, para ficar magra (pois sou obcecada por isso), quero para sentir o  que é a sensação novamente.

Mesmo tendo em mente tudo o que eu posso perder com isso, a minha vontade não muda. Costumava dizer que isso é o amor da minha vida pois  quando experimentei a primeira vez brinquei que foi amor a primeira vista. Tenho consciência das minhas perdas e dos meus ganhos , sendo as perdas maiores que os ganhos eu continuo querendo apenas uma coisa que não preciso falar novamente. 

Eu fui me viciando sozinha, ninguém me chamava para usar isso, pelo contrário, era eu quem chamava amigos para usar comigo, eu cegamente me enfiei neste buraco que me encontro, tendo chances de sair vitoriosa, mas sem vontade. 

Hoje não estou na clínica, pois iria viajar com meu namorado, infelizmente mais uma vez por não estar em sã consciência eu estraguei tudo. Posso dizer que tenho a melhor pessoa do mundo ao meu lado e que esta tentando me salvar todo esse tempo, e que eu por estar cega ou não sei o motivo não consigo demonstrar tudo o que ele significa em minha vida. 

Essa droga, que eu acho boa e não sei porque diabos acho  isso, esta devastando calmamente toda minha vida e tirando tudo o que é importante pra mim.  

No final, será só eu e você, e todos esses meses dentro desta clínica não valerá de nada. Só valeu para adiar o meu fim.

Não sejam fracos como eu, não esperem estar à beira de um precipício para saber o que é importante  de verdade.

Estou terminando meu livro que será lançado em fevereiro 2018 e nele será contada  toda a minha história e tudo o que espero com isso é inspirar pessoas a nunca desistir, mesmo que neste exato momento é o que eu tenho feito.

Karen Padilha

Superando os obstáculos.

Eu sempre fui uma pessoa de família pobre, cresci passando pelas diversas dificuldades, sendo abandonada e rejeitada pela minha própria mãe que hoje tenta ter algum tipo de contato comigo, fui criada por uma tia e seu esposo que também não tinham as melhores condições, relembro momentos que passamos e não tínhamos o que comer, também quando íamos ao supermercado e estávamos devendo meses anteriores e não nos deixavam fazer a compra, implorávamos para que deixassem e pelo sentimento de pena que as pessoas tinham conosco permitiam então que fizéssemos nossa compra.

Cresci em meio a miséria , sendo humilhada pelos colegas na escola, não somente por ser pobre mas porque eu era uma menina diferente e problemática, e quem não seria passando por tudo o que vivi? Eu era uma menina sonhadora, era forte para passar por todos os obstáculos e conquistar meu espaço no mundo. Queria sempre mais, não me contentava com a miséria e humilhação pela qual passava, acreditava que tudo ia melhorar e ia mostrar para todo mundo que eu consegui ser uma pessoa melhor que eles e eles um dia iam vir atrás de mim. Dito e feito, hoje todos que me humilharam tentam ter algum tipo de aproximação, porém eu não deixo, não tenho mágoas de ninguém, perdoei todos que me fizeram mal, afinal se guardarmos esses sentimentos a vida não segue em frente. Eu sonhava que um dia teria as melhores coisas do mundo, e por sonhar e acreditar nos meus sonhos eles se tornaram realidade. Hoje tenho tudo o que sempre quis, as melhores coisas, me encaixo perfeitamente na sociedade em que só se importam em saber se você tem dinheiro ou não. Não sinto orgulho disso, é uma coisa mesquinha, gosto de falar porque era isso que eu queria desde criança.  

Tenho memórias de quando voltei a morar com minha mãe com 14 anos e ia comprar alguma coisa e achava que 100 reais era muito, eu não tinha noção de que 100 reais não é nada, mas para quem não tem acesso a coisas melhores é um absurdo. 

Estava pensando na minha vida hoje e me veio na cabeça que cada pessoa tem o seu mundo e que isso fazem eles felizes, vejo as pessoas que me criaram sendo felizes com tão pouco e aquele pouco é suficiente para eles, porque eles não imaginam como o mundo realmente é materialista. Eles tem a vida deles e não se importam com mais nada. Olho para trás e não consigo imaginar minha vida sendo como era. As pessoas que não são apresentadas ao mundo e sociedade atual talvez sejam sortudas.

Karen Padilha

 

 

 

 

 

 

Crescendo em meio ao caos.

Cada um de nós nascemos puros, trazemos conosco o amor, leveza e a bondade em  nossos corações,entretanto, o mundo pode nos corromper de várias maneiras, todos estamos sujeitos a tal acontecimento,porém temos o livre arbítrio  para escolhermos deixar ou não que sejamos corrompidos.

É cientificamente provado que os primeiros 7 anos na vida de uma criança são os mais cruciais e  determinantes, pois sabe-se que é  na infância que se lançam as bases do desenvolvimento nos seus diversos aspectos: fisico, motores,sociais,emocionais,cognitivos,linguísticos, comunicacionais, morais, éticos, psíquicos e biológicos. Isso porque sexênio trocamos todas as substâncias do nosso organismo e esse processo reflete tanto em nosso comportamento quanto em nosso corpo físico. 

Nesse processo surgem os componentes básicos para um bom crescimento emocional e saudável : aleitamento materno, oferta de conforto e acolhimento ,estímulos de experiências sensoriais, respostas as necessidades do bebê – até mesmo antes do choro, presença física e constante de seus pais, avós e de quem a criança têm contato, presenças essas que devem  conter toque de carinho, espaço e tempo para brincadeiras. A criança precisa sentir que o mundo é bom, e através disso , desenvolver a confiança no ambiente em que vive e nas pessoas com quem convive. 
Adultos que se recordam de receber essas atenções em sua infância têm menos depressão, ansiedade, maior habilidade de enxergar a perspectiva de outras pessoas e de exercitar a compaixão. Esses são apenas alguns dos benefícios que uma infância feliz é capaz de proporcionar.

‘’Não é possível reparar mais tarde o que o educador negligenciou durante o primeiro setênio’’. – Rudolf Steiner

Todos trazemos conosco dons e talentos, que serão nossas virtudes e potenciais a serem desenvolvidos ao longo da vida, trazemos também desafios para o nosso próprio crescimento. Alguns desses desafios estão impressos em nosso DNA, assim como doenças genéticas e determinadas limitações físicas. Outros são gerados a partir  das escolhas que fizermos ao decorrer da vida. Mas independente de sua natureza, os desafios são instrumentos de aprendizado. 

Quem já teve a oportunidade de acompanhar o crescimento de  uma criança sabe que ela nasce confiando e amando  com toda sua pureza e bondade em seu coração . 

Uma criança que ainda não foi corrompida pela maldade do mundo e contaminada pelas misérias dos adultos à sua volta simplesmente pega na mão de seus pais vai sem saber aonde estão a levando, entretanto, aos poucos , ela deixa de confiar e começa  a ser  atingida pelo medo e pelo ódio na forma de desconfiança e insegurança , raiva e vingança.

Mas por que isso?Porque lhe ensinada dessa forma, desde pequeno uma criança aprende que é vítima das circunstâncias em seu exterior e com isso aprende que precisa se defender e cria seus mecanismos de defesa, adquire crenças e condicionamentos limitantes. São limitantes porque ao mesmo tempo em que serve para proteção , geram separação e esquecimento. Os muros que são construídos ao redor para se proteger são os mesmos que lhe mantém isolado do mundo.

Costumo dizer que  esses mecanismos de proteção e esquecimento é chamado de ‘’eu-inferior’’, ou ainda, maldade. Isso que conhecemos como maldade nada mais é do que um conjunto de mecanismos de defesa que desenvolvemos desde cedo para nos proteger da dor , dos choques de humilhação, rejeição e exclusão. 

Até os sete anos, as crianças são como esponjas, captam consciente e inconscientemente tudo que está ao seu redor. Isso significa que seu corpo etérico absorve todo tipo de sentimentos e pensamentos das pessoas de seu convívio. Ações e ideias morais ou imorais a permeiam, independente de serem explicadas ou justificadas; aliás, de nada adiantam regras e preceitos verbais, os quais entrarão por um ouvido e sairão pelo outro. O que ela precisa são exemplos e nada mais. Tudo o que as crianças captam veêm e sentem serão determinantes para seu crescimento e para a formação de seu carácter. 

ORAÇÃO PARA O PRIMEIRO SETÊNIO.

Da cabeça aos pés

sou a imagem de Deus.

Do coração às mãos

sinto o sopro de Deus.

Quando Deus eu avisto

em todas as partes,

em todas as pessoas queridas,

No papai e na mamãe,

no animal e na flor,

na árvore e na pedra,

não sinto medo de nada:

só amor

a tudo que está ao meu redor.

Rudolf Steiner

Uma criança que foi bem cuidada e teve todas as atenções de que precisava tem privilégios extremamente significativos em relação àqueles que não receberam tais benefícios. Isso acontece pelo simples fato de que as futuras atitudes vão depender muito das experiências vivenciadas nesse período. 

Eu vivi desde quando abri os olhos pela primeira vez um completo caos, nos meus primeiros 7 anos, o que eu vivi foi uma tortura, minha mãe simplesmente me abandonou,fui rejeitada diversas vezes por parentes e pessoas ao redor,  mas acredito que eu estava sendo preparada pela ‘’vida’’ para estar aqui hoje exatamente aonde estou, da forma que estou, escrevendo estas linhas como uma forma de inspiração para pessoas que passaram por dificuldades em sua infância e que ainda deixam  que isso influencie sua vida presente. É preciso nos libertar do que passou, perdoar que nos fizeram e seguir em frente. O mundo pode sim nos corromper , nossa família pode sim nos corromper, mas nossa pureza com a qual nascemos deve prevalecer e ser maior que tudo.

O que sempre me pergunto e ainda não encontrei respostas em nenhum dos livros que li, é o que acontece com uma criança que assim quando nasce já se é descartada? O que acontece com a mente desse ser que vem ao mundo com um coração puro, amando, e já é correspondida com o ódio e a maldade da pessoa que a gerou? Porque ninguém fala sobre esse assunto, ou escreve sobre? Ou eu sou uma pessoa leiga que não tive acesso ainda.

Pode uma criança que foi corrompida pela maldade dos pais e do mundo em geral, desde o nascimento, sendo jogada de mão em mão, sendo rejeitada, abusada, passando pelo mais diversos tipos de abusos, corporais, verbais, visuais, todos que possam imaginar, crescer sem maldade nenhuma, sem querer ,sem desejar maldade para o outro e para quem o fez maldade no passado? Bem, digo que sim, pois uma dessas pessoas esta aqui lhe escrevendo essas linhas .

Mas é possível que todos os indivíduos expostos a tal penitencia possam crescer sem sequelas na memória e no seu psicológico? Que possam crescer sem maldade ou violência para com os outros ? É possível que todas tenham a capacidade de se sairem bem de uma situação completamente obscura desde seus primeiros anos de vida? Porque será que existem tantas pessoas más no mundo? Porque será que existem ladrões? Pessoas que matam? Que invejam Que desejam o mal? Será por isso?  Será porque não conseguiram deixar que a sua pureza transcendesse diante a maldade ? Infelizmente são poucas as pessoas que conseguem essa dádiva e travar essa luta sozinha da qual não merecia e sair vencendo. Isso é um mérito, pois é difícil ser exposto ao caminho obscuro e espinhoso , assim que vem ao mundo, não desmereço os que não conseguiram ou não conseguem enfrentrar essa luta, mas compartilho minha jornada para que vejam que é possível sair ileso dessas batalha, e seguir uma vida radiante, é só querer, a resposta esta nos seus lábios, é só dizer sim.

Existe alguma coisa maior que consiga explicar isso? E o porque isso acontece? Creio que sim,  eu mesma conseguiria explicar, mas não é esse o ponto que quero chegar, o ponto que quero chegar é que eu fui uma vítima da crueldade da minha mãe, da minha família, do mundo que me rodeou quando pequena, e que, apesar de tudo, me transformei em uma pessoa de bom coração, que eu não deixei isso corromper minha bondade, o meu anseio por um mundo melhor, por pessoas melhores, por um mundo aonde o amor seja maior que o ódio, e a minha vontade de compartilhar essa história com meus futuros leitores e fazer com que tenham a coragem de viver e não ter medo de nada e serem felizes.

Mesmo tendo sido uma vítima consigo agradecer por isso, pois outrora, não estaria aonde estou,  não teria sido obrigada a pausar minha vida por um tempo, e não teria  o prazer de estar escrevendo minha história e compartilhar com o mundo, o mesmo mundo que em uma época me fez sofrer. Creio que a vida estava me preparando para ser a pessoa que sou hoje e que quero ser no futuro. Também comparo tudo pelo que passei como desafios ou obstáculos a lugares de parada na jornada da alma em evolução. A viagem é longa e muitas vezes nos sentimos cansados. À vezes precisamos parar para abastecer e nos alimentar, às vezes para cumprir acordo em lugares  específicos. Mas toda parada serve, para, de alguma maneira, nos recuperarmos e absorvermos aprendizados. As pausas servem para revermos a mapa da vida e nos situarmos na jornada. Nesses momentos, também podemos rever os lugares por onde andamos e os buracos pelos quais passamos , a fim de evitar novas quedas . Mas pararemos , principalmente, para resgatar partes nossas que ficaram presas no passado e para absorver determinadas lições . E, dessa forma , vamos nos fortalecendo para seguir rumo ao destino final.

Karen Padilha

 

A cada dia viver me esmaga com mais força.

Como uma criança que perdeu a mãe na floresta, a apreensão e o medo me perseguem, já não é mais fácil como antes encontrar uma luz no fim do túnel ou me livrar desse amontoado  de incertezas que remoem todo o meu ser. 

O quarto de dormir é o meu ponto fixo para minhas dores e preocupações. Vejo meu reflexo no espelho e me pergunto porque estou fazendo isso comigo mesmo, perdendo minha cabeça , me afundando cada dia mais, algumas vezes é difícil seguir o nosso coração, as lágrimas não são uma derrota, é normal não estar bem, todos estão sofrendo.

Já não sei mais se o que estou fazendo faz algum sentido ou se estou presa a uma ilusão que não existe e não me liberta, estou presa em um círculo vicioso do qual não consigo sair. No fundo, bem lá no fundo, sei o que deve ser feito porém não consigo despertar verdadeiramente.  

Gritos de socorro silenciosamente e continuo a ser esmagada a cada dia que passa .

Karen Padilha